Valmir: Brasil avança em transplantes de órgãos, mas DF anda para trás



O senador Valmir Amaral (PMDB-DF) destacou que em 2002 foram realizados 10.566 transplantes de órgãos no Brasil, 12% a mais do que no ano anterior. Já no Distrito Federal, foram feitos 216 transplantes em 2001 e 164 em 2002, uma queda de 31,5%. Para mostrar como a situação no Distrito Federal se agravou, Valmir Amaral assinalou que não foi feito nem ao menos um transplante de fígado na capital da República.

O senador fez um histórico dos transplantes de órgãos no Brasil. -A atividade iniciou-se em 1964, no Rio de Janeiro, e em 1965 em São Paulo, com a realização dos primeiros transplantes de rins no Brasil. O primeiro transplante cardíaco ocorreu também em São Paulo, em 1968, pela equipe do doutor Euryclides de Jesus Zerbini, menos de um ano depois do transplante pioneiro do doutor Christian Barnard, na África do Sul-, disse Valmir.

Valmir Amaral lembrou a Lei dos Transplantes, de 1997, que regulamenta as doações e remoções de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante, e o Decreto n° 2.268, de 1997, que a regulamentou. Graças à legislação, já existe no Brasil o Sistema Nacional de Transplantes, que cuida de toda a parte operacional. -Como entender, diante da técnica médica comprovada e da legislação moderna e adequada que temos, que o Distrito Federal continue apresentando números tão modestos nos transplantes?-

A explicação, segundo o senador, é a grande dependência de recursos da União por parte do Distrito Federal, o que torna ainda mais forte a crise da saúde pública na capital do país.



23/05/2003

Agência Senado


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