Vanessa Grazziotin defende Lula de acusações de Marcos Valério
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu, no Plenário, o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, das acusações que teriam sido feitas pelo publicitário Marcos Valério em depoimento à Procuradoria-Geral da República. Elas foram publicadas nesta terça-feira (11) pelo jornal O Estado de S. Paulo. Com base no depoimento do operador do mensalão Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, a mais de 40 anos de prisão pelo envolvimento no esquema, Lula teria recebido quase R$ 100 mil para pagar despesas pessoais em 2003.
O dinheiro, de acordo com Marcos Valério, foi depositado na conta da empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República. O publicitário teria procurado o Ministério Público em busca de redução para sua pena, em razão da delação premiada.
- Não seria prudente tomar declarações de alguém que acaba de ser condenado pela Justiça – afirmou Vanessa Grazziotin.
A senadora lembrou que os órgãos que tomaram os depoimentos – Ministério Público e Supremo Tribunal Federal – vieram a público dizer que usaram de cautela para interpretar Marcos Valério, uma vez que, ao denunciar, ele buscava proteção de testemunha e delação premiada.
- A forma como matérias vêm sendo publicadas parecem uma tentativa insana de tentar envolver o [ex] presidente nas denúncias a qualquer custo – reclamou a senadora.
Vigilantes
A senadora ainda parabenizou, no Plenário, a presidente da República, Dilma Rousseff, pela sanção da lei que garante adicional de risco de vida de 30% aos seguranças pessoais e vigilantes (Lei 12.740/2012) regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A lei foi publicada nesta segunda-feira (10) no Diário Oficial.
Fruto de um projeto de lei apresentado por Vanessa Grazziotin quando ainda era deputada, há nove anos, a proposta foi votada nos dois plenários do Congresso. O temor da senadora, agora, é o de que as empresas promovam a substituição de salário para arcar com o adicional sem aumentar em muito o montante pago a cada trabalhador.
- Vigilantes, que trabalham armados e passam por formação policial, não recebiam qualquer compensação pela periculosidade. A lei corrige essa injustiça.
11/12/2012
Agência Senado
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