Vanessa Grazziotin destaca 18º Grito da Terra, movimento de trabalhadores rurais
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) registrou em Plenário nesta quarta-feira (30) a ocupação da Esplanada dos Ministérios em Brasília pelo 18º Grito da Terra, movimento que reúne trabalhadores rurais ligados especialmente à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Este ano, a pauta de reivindicações dos trabalhadores foi denominada de Agenda por um Brasil Rural Sustentável e Solidário e traz 138 propostas que expressam os principais pleitos dos cerca de 20 milhões de trabalhadores rurais representados pelo movimento.
- O Grito da Terra muito nos orgulha porque mostra o poder de mobilização da sociedade civil organização, principalmente dos que passam por maiores dificuldades – afirmou a senadora.
Segundo os organizadores da marcha, explicou Vanessa Grazziotin, duas reivindicações estão na base da agenda dos trabalhadores rurais: a realização de uma ampla e massiva reforma agrária e o fortalecimento da agricultura familiar. Mas os pedidos passam ainda por políticas de saúde para a população do campo e da floresta, educação, habitação, inclusão digital, cultura e esporte, entre outros temas.
A senadora destacou ainda dois outros pontos que considerou importantes: a criação da Secretaria Especial da Pessoa Idosa e a cobrança por políticas de enfrentamento à violência contra mulheres no campo. Depois de uma semana de reuniões com vários ministérios ao longo da semana passada, os trabalhadores rurais entregaram suas reivindicações à presidente Dilma Rousseff no último domingo (27). Vanessa Grazziotin disse não ter dúvidas de que a presidente dará aos apelos a atenção exigida.
Zona Franca de Manaus
A senadora do Amazonas também expressou preocupação quanto às medidas a serem anunciadas pelo governo federal para estimular o setor de bebidas, principalmente dos concentrados. Uma das sugestões é reduzir a zero o IPI do setor, o que, em seu entendimento, vai prejudicar diretamente a Zona Franca de Manaus, onde boa parte dessas indústrias está concentrada.
Para a senadora, se forem concedidos incentivos fiscais ao setor, a região do Amazonas perderá seus atrativos para essas empresas, que deverão migrar para as regiões mais desenvolvidas no centro-sul do país. A mudança pode acabar com milhares de empregos na região.
- Tenho certeza de que teremos capacidade de chegar a um consenso. Reivindicamos apenas um prazo para estudos e mudanças que não impliquem na saída do setor do Amazonas – pediu.
30/05/2012
Agência Senado
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