Vanessa Grazziotin manifesta solidariedade ao Equador, em disputa com empresa petrolífera
Em discurso no Plenário nesta terça-feira (29), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) leu um manifesto de apoio ao povo equatoriano. O texto é assinado por diversas personalidades brasileiras e externa solidariedade ao país vizinho em uma disputa com a empresa petrolífera Chevron.
A senadora afirmou que a empresa Texaco, que foi absorvida pela Chevron, explorou petróleo no Equador, principalmente na região amazônica, entre 1964 e 1992. De acordo com o manifesto, a empresa despejou 71 milhões de litros de resíduo de óleo e 64 milhões de litros de petróleo bruto na região amazônica. A senadora disse que essa catástrofe poderia ter sido evitada se a Texaco usasse tecnologia mais moderna, que a própria empresa usa em outros países. A estratégia seria para maximizar os lucros no país vizinho.
O manifesto ainda aponta que o solo, o subsolo, os rios e as lagoas da região continuam contaminados, com graves prejuízos para o meio ambiente e para a população local. Como se não bastasse a poluição deixada pela Texaco, a empresa ainda está processando o Equador, a quem acusa de quebra de contrato.
- Tomara que essa solidariedade, que é um ato de ternura, possa se reverter em uma indenização para aquele país – disse a senadora.
Vanessa Grazziotin informou que apresentará um manifesto com texto semelhante para os colegas parlamentares, no sentido de externar apoio ao povo equatoriano. Ela lembrou que uma comitiva de senadores deve ir até o Equador para conhecer melhor a questão e a região amazônica. A senadora acrescentou que o problema que atinge a Amazônia equatoriana pode também repercutir no Brasil.
Bacia de Campos
A senadora também registrou que empresa Chevron do Brasil assinou, no início do mês passado, em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e com o Ministério Público Federal (MPF), um termo de ajustamento de conduta (TAC) referente ao grande vazamento de óleo ocorrido na Bacia de Campos (RJ), em 2011. A Chevron já tinha pago R$ 35 milhões de multa e, agora, comprometeu-se a investir R$ 95 milhões em ações compensatórias aos danos ambientais
- É claro que o melhor seria que o desastre não tivesse acontecido. Mas aconteceu e foi provado que a empresa não vinha adotando medidas de segurança – afirmou.
29/10/2013
Agência Senado
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