Venda de Neymar seria mais transparente com leilão público, afirma Gim
O senador Gim (PTB-DF) defendeu o projeto apresentado por ele que cria leilões públicos como forma de garantir mais transparência nas negociações de jogadores de futebol (PLS 157/2013). O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, renunciou ao cargo na quinta-feira (23) sob a acusação de que o clube catalão teria contratado o atacante brasileiro Neymar por um valor maior do que o declarado oficialmente.
Segundo a imprensa espanhola, documentos em poder da Justiça revelam que o Barcelona teria pago 95 milhões de euros (aproximadamente R$ 300 milhões) para tirar o jogador do Santos, em maio do ano passado. O clube catalão havia divulgado um valor de 57 milhões de euros (R$ 180 milhões).
A ideia do senador Gim é modificar a chamada Lei Pelé (Lei 9.615/98) com a criação do “leilão do contrato especial de trabalho esportivo”, restrito a jogadores de futebol. Haveria a publicação de edital e a divulgação dos lances feitos pelos clubes interessados.
- Dará muito mais transparência, e os interessados farão lances. Tenho certeza de que o Neymar seria vendido por um valor que todos saberiam, com uma transparência gigantesca - afirmou.
Regras do leilão
A proposta também prevê que o jogador poderia definir em edital as regras do leilão: lance mínimo, valor do salário e benefícios como casa e carro. Também poderia estabelecer critérios para os clubes participantes, se brasileiros ou do exterior. Para o senador Gim, o leilão não serviria apenas para transações consideradas milionárias, como a que envolveu o atacante Neymar.
- Pensei também nos jogadores que atuam nos clubes de segunda e terceira divisões no país. Os contratos poderiam ser ofertados a todos os clubes do mundo que compram jogadores - disse.
O projeto que cria o leilão de jogadores de futebol está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguarda designação de relator. A proposta também terá que passar pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Educação, Cultura e Esporte (CE) antes de seguir para a Câmara dos Deputados.
24/01/2014
Agência Senado
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