Verônica Hipólito é escolhida Atleta Revelação do ano



Aos 17 anos, escolhida a Atleta Revelação do ano pelo Prêmio Paraolímpicos, Verônica Hipólito subiu duas vezes ao pódio no Mundial Paraolímpico de Atletismo de Lyon, na França. Dona de um sorriso encantador, a atleta conta que, após a primeira prova conquistada, os 200m rasos, foi mais difícil correr os 100m. “Com a pressão do ouro nos 200m, o nervosismo aumentou”, lembra. E emenda: “Estou tentando consertar isso”.

Com o auxílio de equipe multidisciplinar, Verônica ressalta a importância do acompanhamento psicológico para o atleta. “Desenvolvi um lema que me ajuda: Eu vou e faço porque gosto”, comenta.

Mas a sabedoria da jovem não está presente à toa. Sua história de vida e a naturalidade com que trata sobre ela desvelam aos poucos uma trajetória árdua. A atleta começou a praticar atletismo no clube aos 12 anos, em Santo André, no ABC Paulista.

Na época, também fazia judô. Foi então que uma notícia inesperada que poderia mudar todo o rumo de sua carreira esportiva tomou a todos de surpresa.  Verônica descobriu um tumor no cérebro e precisou passar por uma cirurgia de retirada de adenoma hipofisário e, por consequência, se afastar do esporte de luta.

Persistindo no atletismo, a adolescente voltou a treinar no esporte assim que recebeu alta. E veio a segunda notícia. “Voltei firme aos treinos, mas logo em seguida tive um AVC (acidente vascular cerebral). Para completar, o tumor voltou”.

O acidente foi superado, o treinamento evoluiu e, no ano passado, a velocista passou a integrar a equipe de atletismo do Sesi-SP. Lá passou a ser treinada pelo técnico Daniel Biscola. “Fizemos, junto ao CPB, uma transição da Verônica para o esporte paraolímpico. Até março, ela competia como atleta olímpica. Sua primeira competição na categoria T38 (paralisia cerebral) foi em abril”, contextualiza Biscola.

Não precisou muito tempo para que a transição surtisse efeito. Foram apenas três meses até as conquistas em Lyon. Para quem fez tanto em tão pouco tempo, os 1.000 dias que separam a revelação de 2013 dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 são definidos como uma oportunidade de preparação e de viver intensamente o esporte: “Serão 1.000 dias a mais para treinar e me dedicar ao máximo”, afirma a promessa brasileira, com a garra que o esporte merece.

Até lá, Biscola frisa que a preparação da atleta será intensificada com a chegada do Centro Paraolímpico que começa a ser construído na zona sul da capital paulista, com apoio do Ministério do Esporte, como parte integrante do Plano Brasil Medalhas. “É um dos grandes legados que teremos nos próximos anos. Pretendo utilizar com a Verônica a estrutura da pista de Atletismo em alguns momentos, assim como áreas complementares, como a de fisiologia, por exemplo, e o setor de estudos, aproveitando ao máximo este novo centro de treinamento. É um passo importante para nossa preparação para 2016”, aposta.

Fonte:
Ministério do Esporte



12/12/2013 12:28


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