VIANA SAÚDA MARCHA DE TRABALHADORAS RURAIS
- Essa marcha demonstra a revolta e a indignação das trabalhadoras rurais pela demora dos ajustes sociais que possam garantir melhores condições de vida para as mulheres que vivem no campo - acredita o senador que disse esperar que a marcha redunde em gestos de sensibilidade para garantir as condições que a mulher brasileira moradora de regiões rurais merece.
A Marcha homenageia Margarida Maria Alves, morta na Paraíba no dia 12 de agosto de 1983, e cujos assassinos ainda não foram punidos, segundo informações do senador. Tião Viana observou que as mulheres correspondem a 48% da população do campo e a 36% da população economicamente ativa no mercado rural. Mas, apesar disso, disse Tião Viana, estão alijadas de seus direitos pelos executores de políticas públicas.
De acordo com dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), apenas 12,6% dos assentados pela Reforma Agrária são mulheres, assim como apenas 7% dos beneficiados com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "Os bancos exigem mais garantias quando fazem empréstimos a mulheres, por considerarem negócios de maior risco", afirmou o senador. Tião Viana destacou ainda que faltam serviços médicos e informações sobre saúde sexual para as trabalhadoras do campo.
10/08/2000
Agência Senado
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