Vital do Rêgo afirma que avanços e antigas mazelas ainda coexistem no Nordeste



Em pronunciamento nesta segunda-feira (18), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) destacou as “expectativas contraditórias” vividas pelos estados da Região Nordeste, que, ao mesmo tempo em que comemoram os bons resultados alcançados pelas políticas públicas sociais, veem persistir algumas das antigas mazelas regionais.

De acordo com o parlamentar, a renda média regional aumentou em 40% nos últimos oito anos, contra 30% da média brasileira, em decorrência, principalmente, da valorização real do salário mínimo e do programa Bolsa-Família. Esse programas são mais efetivos na Região Nordeste, em virtude de contingências históricas como remuneração e escolaridade mais baixas que no restante do país.

Para o senador, tratam-se de “fenômenos extremamente positivos” que levaram a um nível sem precedentes de mudança nos hábitos e costumes da população. Como exemplo, citou reportagem da revista Carta Capital, que apontou a substituição do transporte por tração animal pelas motocicletas, cuja frota na região cresceu mais de quatro vezes nos últimos dez anos.

Vital do Rêgo destacou também o “vertiginoso aumento” no consumo de energia elétrica - de 84% em dez anos -, incentivado por um consumo cada vez maior de bens duráveis, como aparelhos de ar-condicionado e produtos da linha branca, como fogões e geladeiras. Também o consumo de commodities, como alimentos, aumentou substancialmente.

- O Produto Interno Bruto (PIB) dos estados da região aumentou, em média, 4,5% ao ano, enquanto o índice nacional não ultrapassou, na média, 3,6%, nos últimos dez anos – afirmou, acrescentando que vários investimentos já realizados somente agora começarão a produzir, ajudando a impulsionar mais ainda a economia.

Mas o parlamentar ressaltou ser “ainda colossal” o abismo que separa a realidade nordestina do resto do país. Exemplificou com a renda per capita dos estados nordestinos, que ainda é duas vezes e meia inferior à de outras regiões.

O senador também citou a crônica falta de emprego e a pouca qualidade dos postos de trabalho oferecidos. Ele assinalou que o baixo nível de instrução representa um sério problema para superar este óbice. Citou ainda a taxa de analfabetismo, que alcança 17% da população com idade superior a 15 anos, praticamente o dobro do índice nacional.

O parlamentar pediu muita atenção a seus pares na votação de temas como o a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), o Fundo de Participação dos Estados (FPM) e dos royalties pela exploração do petróleo e para a mineração.

- A Região Nordeste tem de ter muito cuidado, principalmente na votação do ICMS, para que não se reproduzam mais iniquidades para a população – afirmou o senador, destacando ainda a conquista da Copa do Nordeste de Futebol pelo Campinense Clube, de sua cidade natal, Campina Grande.



18/03/2013

Agência Senado


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