Vital do Rêgo pede urgência nas ações de combate à seca no Nordeste



O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) chamou a atenção, nesta segunda-feira (27), para a necessidade de o governo agir com urgência e planejar ações de curto e médio prazo para combater à seca no Nordeste. O senador disse que embora a seca venha castigando os nordestinos há séculos, há pelo menos 40 anos o fenômeno não aparecia com tanta violência.

- Algumas cidades já passam de dois anos sem qualquer sinal de chuva, e a seca assola a região de modo generalizado, com graves repercussões econômicas e sociais – afirmou.

Vital do Rêgo ressaltou que a ausência de água prejudica o fluxo da vida e lamentou que o problema da seca tenha sido, ao longo dos anos, condicionado a recursos insuficientes e a programas que não resolveram, nem localmente, o problema.

- Historicamente, os recursos aportados para debelar a seca do Nordeste têm sido notoriamente insuficientes – disse.

Vital do Rêgo manifestou a sua satisfação em presidir a Comissão Especial Externa criada para acompanhar as obras da transposição do Rio São Francisco e disse que a obra poderá mudar o cenário atual da seca.

- A luta para definição da obra de transposição não pode ser uma política de um olhar a médio ou longo prazo. Ela tem que ser para ontem – ressaltou.

O senador explicou que, de acordo com dados monitorados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o volume dos reservatórios de água estão caindo consideravelmente nos estados e ressaltou a necessidade de ações de curto prazo para servirem de paliativo para o problema.

- Vidas estão correndo risco, e faço, neste momento, um apelo para que as ações de curtíssimo prazo como aquelas que tratam do arraçoamento animal, aquelas que tratam das ações de carros-pipa para o abastecimento humano, aquelas que sejam fontes de recuperação mínima da existência animal e humana possam servir como mecanismo paliativo – afirmou.

O senador elogiou a iniciativa do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, de adquirir mais milho na Região Centro-Oeste em uma tentativa de minimizar o problema das estiagens prolongadas.

-  Sabemos que os meses de novembro e dezembro são meses mais graves, e a expectativa das chuvas, segundo fontes técnicas abalizadas, se dará apenas ao final do mês de janeiro de 2013 – disse.



27/11/2012

Agência Senado


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