Vital do Rêgo fala sobre desafios na presidência da CMO




O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) falou em Plenário nesta segunda-feira (4) sobre a sua indicação à presidência da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). O senador, indicado pelo PMDB, assumiu a presidência da comissão na última terça-feira (29).

Vital do Rêgo agradeceu a confiança nele depositada pelos colegas para assumir a presidência CMO, que afirmou ser "a mais importante Comissão do Congresso Nacional". Ele apontou os desafios que terá de enfrentar em sua nova função, como o início da tramitação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já no próximo mês.

- Como sabemos, [a LDO] é a lei que determinará muito da forma e do conteúdo do Orçamento de 2012. Também tramitam, ainda no segundo semestre deste ano, o PPA e a Lei Orçamentária Anual [LOA]. Portanto, teremos logo à nossa frente um quadro que, em si mesmo, já é bastante desafiador: elaborar, discutir e votar a LDO para 2012 e, imediatamente após, fazer o mesmo em relação ao PPA [Plano Plurianual], válido para os próximos quatro anos, bem como a LOA do exercício do próximo ano, 2012 - enumerou.

O senador também falou sobre as manifestações da CMO a respeito de temas como os projetos de crédito adicional, as contas públicas, o planejamento e a execução orçamentária, a ação governamental, a regularidade na execução das obras e a gestão fiscal. Para ele, é preciso trabalhar com um olhar "voltado para o futuro" e estreitar os laços de cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

- É preciso, no contexto dessa cooperação, que a União tenha um panorama mais preciso e rigoroso das necessidades públicas em nível local.
Para minha surpresa, tanto a consultoria da Câmara quanto a consultoria do Senado afirmaram que não há, depois de tantos anos, nenhuma informação na CMO a respeito do panorama dos municípios e as suas realidades - afirmou.

Responsabilidade

Em apartes, os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) felicitaram Vital do Rêgo pela indicação e falaram sobre a responsabilidade de fazer parte da CMO.

Valadares disse que um dos pontos centrais do debate na comissão será a diferença entre a receita estimada e aquela que, de fato, será arrecadada pelo governo.

- Muita gente acha que o nosso orçamento é uma peça de ficção, ainda não retrata a realidade nacional, vez que muitas alterações são feitas na Comissão Mista de Orçamento sem levar em consideração a real receita que será arrecadada no ano seguinte. Inventa-se a receita para se gerar despesa - ­afirmou o parlamentar.

Para Gleisi Hoffmann, os cortes orçamentários geram muitas discussões e podem ser uma oportunidade para mudar processos e procedimentos dentro do Senado.

- Que a gente tenha muita responsabilidade na hora de fazer uma reavaliação de receita, na hora de fazer proposições que aumentem o orçamento, mas que, da mesma forma, o executivo também tenha responsabilidade e sensibilidade de não mandar a esta Casa de leis um orçamento cem por cento programado, fazendo com que nós não tenhamos condições de intervir no processo de forma concreta - defendeu.

Comissão

Já empossado como presidente da comissão, Vital do Rêgo designou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para relator do Orçamento de 2012, a ser encaminhado ao Congresso Nacional. A CMO terá como primeiro vice-presidente o deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), enquanto a segunda vice-presidência será ocupada pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO). A terceira vice-presidência ficou com o deputado Roberto Britto (PP-BA).



04/04/2011

Agência Senado


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