Xambioá: 3a etapa de buscas por desaparecidos do Araguaia segue até dia 30
A terceira expedição do Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA), em Xambioá (TO), teve início na última semana e vai até o dia 30 de setembro. As buscas, realizadas no cemitério do município, tem como objetivo localizar os restos mortais de mortos e desaparecidos políticos da guerrilha do Araguaia.
A expedição é coordenada conjuntamente pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e pelos ministérios da Justiça e Defesa. As buscas serão acompanhadas por equipe técnica pericial, familiares dos mortos e desaparecidos da guerrilha e representantes do Ministério Público Federal.
A expectativa em torno da expedição, explicou Nadine Borges, secretária Nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e coordenadora do GTA na SDH, é de que sejam identificados os restos mortais de pessoas que ainda estão desaparecidas. Nadine comemorou a aprovação na última quarta-feira (21), na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade.
A secretária acredita que a comissão terá um papel fundamental na elucidação dos fatos ocorridos naquele período, o que poderá facilitar os trabalhos de buscas do GTA. “A aprovação da Comissão da Verdade reforça a necessidade de elucidarmos o que de fato aconteceu nesse período, para que os familiares que perderam seus entes queridos possam de fato conhecer a verdade. A nossa expectativa é de que o Senado Federal aprove, o mais breve possível a criação da Comissão da Verdade”, explicou.
As buscas do Grupo de Trabalho são realizadas a partir de informações de familiares dos guerrilheiros desaparecidos e documentos relacionados ao conflito. Também há relatos de pessoas enterradas em outras regiões de Xambioá, no entanto, as buscas ainda estão concentradas no interior do cemitério.
GTA
Criado em maio deste ano, o Grupo de Trabalho Araguaia nasceu a partir da reformulação das atividades do Grupo de Trabalho Tocantins (GTT). O GTA foi criado em cumprimento à determinação judicial da juíza da 1ª Vara Federal do Distrito Federal, Solange Salgado, e atende também à recomendação da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que atribuiu ao governo brasileiro a responsabilidade pela localização, identificação e entrega aos familiares dos corpos dos desaparecidos políticos.
As pessoas que souberem de informações que possam levar ao local onde teriam sido enterrados os guerrilheiros, devem ligar para o Disque Direitos Humanos (Disque 100). As ligações são gratuitas e não há necessidade de identificação.
Fonte:
Secretaria de Direitos Humanos
26/09/2011 19:35
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