Zambiasi alerta para os efeitos da destruição do meio ambiente



O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) dissenesta quinta-feira (14) que o mundo precisa superar a cultura do crescimento a qualquer preço, de modo a preservar o meio ambiente para as gerações futuras. De acordo com o parlamentar, os cidadãos têm um papel importante na adoção de medidas para economizar os recursos naturais, mas as ações preponderantes têm de ser tomadas pelo poder público em nível nacional e internacional.

Dizendo-se ainda sob o impacto da mobilização ocorrida no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado semana passada, o senador observou que o tema "meio ambiente" deve incorporar-se ao dia a dia de todos, em razão dos riscos que a humanidade hoje corre em função das agressões impingidas à natureza, conforme demonstram vários estudos científicos e fenômenos inesperados como inundações e secas.

- O degelo dos pólos nunca foi tão violento. O aquecimento global fez diminuir em 20% a calota polar ártica nas últimas três décadas. O solo arde. Os desertos avançam rapidamente, e, nos últimos 30 anos, o total de terras atingidas por secas severas dobrou -lamentou o parlamentar, que chamou a atenção para os três anos de "secas violentíssimas' no Rio Grande do Sul.

Zambiasi sugeriu que o país chegue a soluções que conciliem desenvolvimento com preservação e os interesses na natureza com os da população. Essas novas ações incluiriam desde a quantidade de água e de energia a serem usadas até uma mudança na forma de encarar o lixo, passando por transformações radicais nos projetos de edificações e de veículos, particularmente dos destinados ao transporte coletivo.

O Rio Uruguai, por exemplo, recebe atualmente 841 toneladas por mês de matéria orgânica, o equivalente ao peso de 17 carretas, segundo os dados apresentados pelo parlamentar. As indústrias lançam naquele curso d'água 528 toneladas por mês de resíduos químicos e 145 toneladas de detritos orgânicos - apenas 5% do esgoto da região do Rio Uruguai são tratados.

- É preciso arregaçar as mangas e trabalhar para evitar futuras catástrofes como as que estamos vivendo no nosso estado - conclamou Zambiasi.

Ele mencionou também o lançamento do livro do livro O Jogo das Águas Transfronteiriças, editado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), que inova ao quantificar os gastos com água na produção de diversos alimentos e itens industriais e mostra, por meio do conceito de "água virtual", que o Brasil está enviando ao exterior boa parte de seus recursos hídricos por meio das exportações.

14/06/2007

Agência Senado


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