Zambiasi articula negociação entre governo e Anvisa para acabar com greve
O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) intermediou, nesta segunda-feira (24), as tentativas de negociação entre representantes das agências reguladoras, com destaque para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o governo. O objetivo do senador é contribuir para superar o impasse gerado pela greve da Anvisa, que já dura 63 dias, e começa a prejudicar a população.
Zambiasi obteve do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a promessa de se buscar uma solução para o problema, tendo em vista que o desabastecimento de remédios e equipamentos, principalmente nos 170 chamados Hospitais Sentinela - hospitais públicos universitários - pode colocar a vida e a saúde dos pacientes em risco. Na oportunidade, Zambiasi informou aos servidores que, de acordo com o ministro, o Palácio do Planalto só recebeu, nesta segunda-feira, os autógrafos da Lei Orçamentária, de cuja liberação de recursos depende o sucesso das negociações para pôr fim à greve.
O senador gaúcho propôs para esta quinta-feira (27) reunião com os representantes de todas as agências e também servidores e indústria farmacêutica para que a definição de prioridades do movimento seja encaminhada de forma unificada.
Trégua
Pouco antes de terminar a reunião entre os servidores e Zambiasi, o presidente do Sindicato Nacional das Agências Reguladoras (Sinagências), João Maria Medeiros de Oliveira, relatou encontro com o ministro, durante o qual o governo propôs a suspensão da greve por 30 dias, para analisar as reivindicações e propor uma medida provisória ou projeto de lei que atenda, pelo menos, parte delas.
Segundo João Maria, a proposta será analisada em assembléias da categoria em todo o país e de lá sairá uma posição nacional. Para o presidente do Sinagências, se houver o atendimento mínimo das principais prioridades, a trégua poderá ser aceita. Durante a reunião, a categoria esclareceu que está disposta a realizar uma agenda mínima de serviços essenciais para evitar maiores prejuízos à população.24/04/2006
Agência Senado
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