Zulke diz que depoimentos à CPI não comprovam irregularidades nas lotéricas



O deputado Ronaldo Zulke (PT) avalia que os depoimentos prestados à CPI da Segurança Pública nesta segunda-feira, dia 3 de setembro, demonstraram que a relação do governo do Estado com as empresas que exploram as diversas modalidades de jogos estão amparadas na lei, a exemplo do que acontece em Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Prestaram depoimentos o atual presidente da Lotergs, José Vicente Brizola, e o ex-presidente da autarquia, Antônio Carlos Contursi. “Ao contrário do que insinuam alguns setores da oposição, ficou comprovado que não há nada de irregular nesta área”, salienta Zulke. O parlamentar frisa ainda que, assim como o governo recebeu empresários para discutir o tema, foi procurado também por parlamentares, como indica a cópia da agenda do presidente da Lotergs entregue ao presidente da CPI, na qual consta audiência marcada com o deputado Luiz Augusto Lara (PTB). O líder do governo na Assembléia Legislativa, Ivar Pavan (PT), considera que o debate sobre as modalidades de jogos dentro da CPI evidencia uma série de interesses. O parlamentar se refere ao depoimento do ex-presidente da Lotergs, informando que há uma tendência de monopolização do mercado por parte da Caixa Econômica Federal. “A Caixa Econômica Federal arrecada cerca de R$ 100 milhões no Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, há uma inconfundível indisposição de alguns em relação à loteria do estado, que é a mais antiga do país com 158 anos”, frisa.

09/03/2001


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