Academia Brasileira de Letras elege Antônio Torres como novo membro



A Academia Brasileira de Letras elegeu nesta quinta-feira (7), o novo ocupante da Cadeira nº 23 - fundada pelo primeiro Presidente da ABL, Machado de Assis, que escolheu como patrono José de Alencar –, na sucessão do jornalista e musicólogo Luiz Paulo Horta, falecido dia 3 de agosto deste ano. O vencedor foi o romancista baiano Antônio Torres, que obteve 34 dos 39 votos possíveis. Votaram 20 Acadêmicos presentes, e 16, por cartas. Três se abstiveram. Os ocupantes anteriores da cadeira foram: Lafayette Rodrigues PereiraAlfredo PujolOtávio MangabeiraJorge Amado e Zélia Gattai.

Antônio Torres

Antônio Torres nasceu na Bahia em 1940 e estreou na literatura em 1972 com o romance Um cão uivando para a Lua, considerado pela crítica a revelação daquele ano. Hoje, entre os seus 17 títulos publicados, destaca-se a trilogia formada por Essa terra (1976), O cachorro e o lobo (1997) e Pelo fundo da agulha (2006).

Em 1998, foi condecorado pelo governo francês como Chevalier des Arts et des Lettres por seus livros traduzidos na França. Dois anos depois, teve o reconhecimento nacional definitivo ao receber o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da sua obra. No ano seguinte, ganhou o Prêmio Zaffari & Bourbon, da 9ª Jornada Nacional de Literatura, da Universidade de Passo Fundo (RS), pelo romance Meu querido canibal.

O novo Acadêmico foi um dos ganhadores do Prêmio Jabuti de 2007, com o romance Pelo fundo da agulha. Seus livros focam cenários rurais, urbanos e da história e têm tido várias edições no Brasil e traduções em muitos países (Argentina, Cuba, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Inglaterra e Israel). O romance Essa terra está em vias de tradução na Bulgária, Albânia e Vietnam.

De 1999 a 2005, foi Escritor Visitante da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – quando ministrava oficinas literárias, realizava aulas inaugurais e proferia palestras nos campus do Maracanã, da Faculdade de Formação de Professores – UERJ de São Gonçalo –, e da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ de Duque de Caxias.

 

Fonte:

Academia Brasileira de Letras



07/11/2013 18:08


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