Ação do BC não impede que dólar suba 0,88%
- Ação do BC não impede que dólar suba 0,88%
- Pelo segundo dia seguido, o Banco Central vendeu US$ 100 milhões ao mercado, mas o dólar fechou em alta de 0,88%, vendido a R$ 2,88. Durante a semana, a moeda americana acumulou valorização de 2,1%.
Rumores de que Ciro Gomes (PPS) teria passado José Serra (PSDB) em pesquisas, o que tiraria o governista do segundo turno, geraram especulação.
Nos EUA, o mercado funcionou por meio período, ainda em razão do feriado da Independência do país. No Brasil, houve poucos negócios - nesses dias, qualquer pequena operação influência a cotação.
Para analistas, a ação do BC deve surtir efeito apenas a médio e longo prazo, e, sem a venda, a alta do dólar teria sido maior ontem. (pág. 1 e B1)
- O BNDES vai liberar a partir de agosto a segunda parcela do empréstimo às distribuidoras de energia para compensar as perdas causadas pelo racionamento. Mais de 90% das companhias aderiram ao acordo, que visa evitar processos de elétricas pedindo indenização.
A segunda parcela será de R$ 6,3 bilhões. No começo do ano, já foi paga às empresas uma primeira parcela, de R$ 1,2 bilhão. O dinheiro funciona como uma antecipação do que as companhias vão arrecadar com aumentos extras concedidos pelo Governo. (pág. 1 e B3)
- O presidente da República interino, Marco Aurélio de Mello, quer a cooperação entre a União e o Espírito Santo no combate ao crime organizado para evitar intervenção federal no estado. Mello, que preside o Supremo Tribunal Federal, será relator do processo de intervenção. Para ele, a medida seria um ato excepcional. (pág. 1 e A8)
- O PT e o PL de Minas romperam a coligação estadual entre os dois partidos. O estado é a base do liberal José Alencar, vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto. Após o rompimento, as cúpulas dos partidos se reuniram. Se até terça-feira não tiver ocorrido acerto, deve haver intervenção branca no estado. (pág. 1 e A7)
- Dois acidentes simultâneos na Rodovia Castello Banco, na região de Sorocaba (SP), deixaram 12 motos e 40 feridos, no maior desastre em número de veículos na história da estrada.
A forte neblina levou ao engavetamento de 25 veículos na pista interior-capital. No sentido contrário, um carro bateu em uma carreta e pegou fogo, carbonizando três pessoas.
O engavetamento, que alcançou 300 m, envolveu 13 caminhões, quatro carretas e oito carros. Um veículo levava sete policiais militares, dos quais seis morreram no local. (pág. C1)
Colunistas
PAINEL
FHC pediu a seus ministros que continuem laçando projetos e trabalhando normalmente nos últimos seis meses de governo. O temor do presidente é que sua equipe passe uma imagem de "fim de feira', o que poderia prejudicar a campanha de Serra. (pág. A2)
Editorial
FUGA PARA DENTRO
Teve forte impacto a decisão do Banco Central de antecipar a mudança na contabilização do valor dos títulos públicos detidos por fundos de investimento. Adotada no final de maio, em contexto turbulento, a medida implicou explicitar perdas relevantes para os cotistas. Estes reagiram ordenando forte retirada de recursos. Assim, em junho os fundos tiveram captação líquida negativa recorde, da ordem de R$ 20 bilhões.
Mas os indícios são de que o nervosismo dos investidores em fundos - que em sua maioria são pessoas físicas e empresas não financeiras -, que os levou a retirar os recursos do mercado financeiro. Esse é um sinal positivo. Mais do que dólar ou ativos reais (ouro, imóveis), esses investidores procuraram alternativas de aplicação oferecidas pelo sistema financeiro. A caderneta de poupança, por exemplo, teve captação líquida recorde em junho. (...)
Isso reforça a impressão de que, a despeito do nervosismo, a solidez do sistema financeiro não está sendo questionada. (pág. A2)
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07/06/2002
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