Achar Bin Laden é difícil, dizem EUA



Achar Bin Laden é difícil, dizem EUA

O secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, reconheceu que será "muito difícil" encontrar o terrorista Osama bin Laden, acusado pelos Estados Unidos dos atentados de 11 de setembro.

"O mundo é muito grande, há muitos países. Ele (Bin Laden) tem muito dinheiro, conta com muitas pessoas que lhe dão apoio, e eu simplesmente não sei se seremos bem-sucedidos na busca", afirmou.

Depois, em outra entrevista, o secretário tentou suavizar a declaração anterior. "Nós certamente pretendemos achá-lo e estamos fazendo tudo o que é humanamente possível".

A ONU afirmou que bombas de fragmentação - usadas para matar tropas - lançadas pelos EUA mataram nove moradores na região de Herat. Foi a primeira confirmação independente de que essa arma fez vítimas civis desde o começo dos bombardeios contra o Afeganistão, no dia 7 de outubro.

O Congresso aprovou pacote que fortalece os poderes do governo para fazer grampos, rastreamentos eletrônicos, prender imigrantes sem acusação formal e investigar bancos que lavam dinheiro. (pág. 1 e cad. Mundo)


  • Israel retirou suas tropas do vilarejo de Beit Rama, que invadira em busca de suspeitos do assassinato do ministro de extrema direita Rehavam Zeevi, e começou a analisar uma retirada gradual das seis cidades da Cisjordânia ocupadas.

    Pressionado pelos EUA, o premiê Ariel Sharon convocou seu gabinete de Segurança para avaliar as condições para um recuo. O presidente George W. Bush viu na retirada parcial "um passo positivo." (pág. 1 e A16)


  • (Ostna - Afeganistão) - O ministro das Relações Exteriores da Aliança do Norte, Abdullah Abdullah, afirma que os EUA precisam intensificar os bombardeios contra o Taleban para permitir um avanço do grupo rebelde em direção à capital afegã, Cabul.

    No entanto ele admite que há "dificuldades militares e políticas", para a ofensiva. (pág. 1 e A14)


  • O antraz enviado ao senador norte-americano Tom Daschle era mais letal e mais leve que os esporos da bactéria achados em cartas em Nova York e na Flórida, de acordo com o secretário da Segurança Interna norte-americano, Tom Ridge.

    Ele disse que os esporos das cartas são da mesma linhagem e não sofreram alteração genética. Cerca de 10 mil pessoas estão tomando o remédio Cipro, que combate o antraz. (pág. 1 e A16)


  • A Soletur, uma das maiores operadoras de turismo do País, anunciou sua falência, resultado de uma dívida de R$ 30 milhões, contra um patrimônio de R$ 25 milhões. Segundo seu advogado, a empresa estava endividada desde 1999, quando o real se desvalorizou.

    A crise teria piorado com os atentados nos EUA. Até então, 70% dos pacotes eram para o exterior. Após 11 de setembro, as viagens aos EUA "praticamente zeraram". (pág. 1 e B1)


  • Os gastos de turistas brasileiros no exterior somaram US$ 199 milhões em setembro, uma queda de 41,6% em relação ao mesmo período de 2000 e de 22,9% em relação a agosto, de acordo com o Banco Central.

    A despesas vêm caindo em razão da alta do dólar, e a tendência foi intensificada após os atentados nos EUA. (pág. 1 e B3)


  • O rendimento médio do trabalhador brasileiro em agosto caiu 4,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou o IBGE. A redução é idêntica à registrada em junho e a maior nesse tipo de comparação desde janeiro de 2000.

    O rendimento médio das pessoas ocupadas em agosto foi de R$ 749,53, o equivalente a 4,2 salários mínimos.

    A taxa de desemprego em setembro (6,2%) foi igual à de agosto e inferior à de setembro de 2000 (6,7%). (pág. 1 e B10)


  • A Petrobras abriu negociação formal sobre o reajuste salarial reivindicado pelos trabalhadores em greve, após concordar com o volume mínimo de produção de gás proposto pela Federação Única dos Petroleiros.

    A estatal exigia produção de 7,2 milhões de m³ de gás na Bacia de Campos e o reinício do trabalho em 9 das 38 plataformas. A categoria queria restabelecer oito unidades e extrair 6,5 milhões de m³. (pág. 1 e B5)



    EDITORIAL

    "A viagem de Cavallo" - A notícia da estranha passagem de Domingo Cavallo pelos Estados Unidos ensejou mais um dia de dúvidas nos mercados em relação ao que vai ocorrer com a Argentina nos próximos dias.

    O risco-país, que se tornou uma espécie de medida da tragédia que aflige o país vizinho, fechou acima dos 1.700 pontos - o prêmio exigido para aceitar papéis argentinos foi superior a 17% em relação à referência norte-americana.

    A rigor, as autoridades do governo Fernando de la Rúa têm um assunto premente a tratar em Washington: obter apoio do governo George W. Bush para movimentos futuros que, muito provavelmente, terão de ver com mais uma rodada de renegociações da dívida pública da Argentina.

    Especula-se, entretanto, que Cavallo poderia ter ido aos EUA com a intenção de tratar de um segundo e controvertido tema: a polarização da economia do país platino. (...) (A2)



    COLUNA

    (Painel) - Itamar Franco mandou um recado à cúpula governista do PMDB. Se perder as prévias do partido, marcadas para janeiro, o governador mineiro apoiará Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno de 2002.


  • O recado foi a resposta de Itamar à articulação feita pela cúpula do PMDB para lançar um candidato governista nas prévias, Michel Temer ou Jarbas Vasconcelos. Nomes que não teriam chances na eleição e serviriam só para tirá-lo da disputa. (pág. A4)


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    10/26/2001


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