Acir cita medidas para apurar desvios de recursos e destaca confiança no ministro do Trabalho
Em discurso nesta sexta-feira (20), o senador Acir Gugacz (PDT-RO) afirmou que o seu partido e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, vão enfrentar as denúncias, apurar com rigor e, caso haja confirmação das irregularidades, os envolvidos serão afastados, independentemente de filiação. A imprensa revelou nos últimos dias que auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou repasses de recursos a militantes do PDT por entidade contratada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, comandado pelo partido, sem comprovação da prestação dos serviços.
Acir afirmou sua confiança em Manoel Dias e listou uma série de providências que o político já tomou, como a instauração de sindicância, a exoneração de servidores investigados pela Polícia Federal, o bloqueio de repasses e a análise caso a caso dos convênios firmados. Ele também tomou a “corajosa decisão”, na opinião do senador, de fazer auditoria em todos os convênios realizados pelo ministério nos últimos 20 anos.
- Não há indícios de irregularidades no ministério, mas sim lá na frente, onde foram feitas as licitações [estados e municípios] – registrou.
O parlamentar defendeu a realização de uma "limpeza" no Ministério do Trabalho, sem "caça às bruxas", buscando torná-lo eficiente, e isso deve incluir, como observou, a promoção de uma “reengenharia”, com a criação de um sistema adequado à pasta, com departamentos que conversem entre si.
- o Brasil precisa se modernizar, assim como todas as empresas que, se não o fizerem, vão à falência. Mas como o governo não quebra, ficamos esperando acontecer um milagre para que tenhamos uma informatização – disse.
De acordo com o senador, Manoel Dias é a pessoa certa para fazer “um limpa” no Ministério do Trabalho e praticar a reengenharia já citada, pois é um grande gestor e administrador.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que, do ponto de vista pessoal, Manoel Dias merece respeito por sua história e seu pouco tempo de ministério, não podendo ser responsabilizado por erros do passado. Mas ressaltou que a situação leva a uma autocrítica a ser feita em conjunto. Em sua opinião, o PDT não deveria ter aceitado fazer parte do governo, já que a missão do partido é encontrar, formular e propor um rumo alternativo para o Brasil.
20/09/2013
Agência Senado
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