Acir Gurgacz defende participação do Brasil na Força de Paz da ONU no Haiti




O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) defendeu, em discurso nesta quinta-feira (9), a participação do Brasil na Força de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti e lamentou que os críticos das ações que o Brasil vem desenvolvendo ali não conheçam a realidade daquele país.

Gurgacz disse que ficou emocionado com o que viu em sua viagem ao Haiti na semana passada, onde esteve integrando uma comitiva de parlamentares e oficiais. Ele foi a Porto Príncipe a convite do Exército Brasileiro para acompanhar a troca de comando da Força de Paz brasileira que atua naquele país desde 2004.

Ao manifestar sua preocupação com a miséria que testemunhou no Haiti e com o processo de reconstrução do país, Gurgacz condenou as críticas à ajuda brasileira. O senador esclareceu ainda que as despesas do Brasil no Haiti são quase todas cobertas pela Organização das Nações Unidas (ONU), ficando apenas as pequenas despesas por conta do governo brasileiro.

Além disso, afirmou Gurgacz, a atuação brasileira em forças de paz tem sido positiva para o país, tanto na área diplomática e comercial quanto no que diz respeito ao treinamento in loco - em situações reais - das Forças Armadas. Ele citou as relações comerciais com países africanos que foram resultantes de ações brasileiras em missões de paz em Moçambique e Angola.

- Primeiro o Exército chega como um para-choque forte, eliminando os problemas, pacificando as regiões, estabelecendo um relacionamento harmonioso com as populações locais e devolvendo a tranquilidade ao povo. Depois, desenvolvem-se os laços culturais e comerciais, chegam as empresas, engenheiros, médicos, profissionais liberais, criando oportunidades de emprego e de negócios para ambos os países - disse.

Gurgacz também lembrou os 18 militares brasileiros e os mais de 200 mil haitianos mortos no terremoto que devastou a ilha e destruiu a infraestrutura do país e a médica Zilda Arns, que se encontrava em Porto Príncipe participando de um encontro de religiosos atuantes na defesa das crianças carentes.

- É preciso lembrar às pessoas que criticam a ação brasileira lá, que Zilda Arns morreu no Haiti, vítima desse terremoto, enquanto se reunia com pessoas para combater a miséria - disse.



09/09/2010

Agência Senado


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