ACM acusa Lula de atitudes eleitoreiras e pede impeachment



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de praticar atos eleitoreiros com dinheiro público visando à sua reeleição nas eleições de 3 outubro. O senador disse que, para isso, Lula tenta aprovar de forma inconstitucional e ilegal a liberação de recursos do orçamento sem que a peça orçamentária de 2006 tenha sido aprovada pelo Congresso.

Conforme sustentou, o uso abusivo de medidas provisórias para liberar dinheiro sem que o Congresso discuta tais matérias demonstra a forma ditatorial de governar do presidente da República.

- O deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) já me advertira que o presidente está tentando liberar créditos extraordinários de até R$ 28 bilhões e que Lula teria declarado que é para isso que foi eleito. Deveria ter dito: "fomos eleitos para roubar, isso sim" - protestou o senador.

No pronunciamento, feito nesta segunda-feira (17), Antonio Carlos analisou ainda a repercussão do parecer do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que acatou denúncias mantidas pelo relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios sobre do esquema do "mensalão" e pediu o indiciamento de 40 pessoas ligadas ao governo do PT. Segundo o parlamentar, só faltou um indiciamento no parecer do procurador: o de Lula.

- Por muito menos, por uma Fiat Elba, o presidente Collor sofreu impeachment. A imprensa inteira comenta sobre os 40 ladrões, mas faltou o Ali Babá, que todos devem saber quem é - enfatizou o senador pela Bahia.

Antonio Carlos Magalhães também leu editorial do jornal Folha de S. Paulo de domingo (16), que enfatiza a necessidade de que Lula sofra a instauração de um processo de afastamento do governo. O senador disse que as urnas deverão julgar Lula, mas que ainda há tempo para o início de um processo de impeachment no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos.



17/04/2006

Agência Senado


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