ACM COBRA DO PRESIDENTE PROVIDÊNCIAS CONTRA DENÚNCIA DE CORRUPÇÃO NA SUDAM



O senador Antonio Carlos Magalhães voltou à tribuna do Senado para pedir nesta segunda-feira (dia 27) providências ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, contra as denúncias de corrupção na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Com base em reportagem do jornalista Josias de Souza, publicada no jornal Folha de S. Paulo, o senador já havia feito um pronunciamento no último dia 20, solicitando esclarecimento ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. O jornal publicou novas denúncias neste domingo (dia 26), que constarão dos anais da Casa, a pedido do senador.

De acordo com a reportagem, a empresa Usimar Componentes Automotivos conseguiu obter da Sudam, em apenas quatro meses de existência, a aprovação de um projeto que, segundo a matéria, retirou dos cofres públicos R$ 690 milhões em dois anos. O senador disse ter documentos apontando uma série de empresas irregulares envolvidas com a Sudam e revelou ter sido procurado por um empresário que disse não suportar mais ter de pagar propina para receber financiamento.

Antonio Carlos afirmou que a Sudam "é hoje o maior covil de ladrões do Brasil", e defendeu a instalação de uma CPI para investigar o órgão e ouvir as pessoas denunciadas Ele perguntou como o governo pode argumentar que não tem dinheiro para pagar um salário mínimo de R$ 180, se bastaria punir a corrupção da Sudam para obter esses recursos. "O governo precisa mostrar que está vivo", disse o parlamentar ao cobrar a investigação das denúncias.

O senador isentou o ministro Fernando Bezerra, mas culpou toda a máquina do ministério e da Sudam pelas irregularidades. Ele disse ter informado ao ministro que faria um pronunciamento sobre o assunto. Antonio Carlos garantiu que não vai desistir da cruzada pela moralidade e colocou o seu mandato a disposição, caso não consiga provar as acusações.

- Chegou o momento em que o silêncio do governo passa a ser a conivência, que é danosa à nação brasileira. Tenho certeza que o presidente não tem conhecimento da extensão desse fato. De hoje em diante não pode ignorar mais, nem ele, nem o ministro - disse o senador, acrescentando que estará "sempre alerta para defender a honestidade e a seriedade da vida pública brasileira".

27/11/2000

Agência Senado


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