Roberto Requião cobra providências contra corrupção no Paraná
Em pronunciamento nesta segunda-feira (22), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) cobrou providencias ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em relação a denúncias de corrupção feitas por ele há mais de dez anos, quando de sua passagem pelo governo do Paraná.
Em relação às denúncias, referentes à administração do ex-governador Jaime Lerner, o senador disse que o Judiciário "não anda", as "chicanas processuais" se sucedem, os processos estão paralisados e alguns réus ainda não foram sequer citados, em vista da indefinição se a matéria seria apreciada pelos tribunais superiores ou pela Justiça estadual.
Roberto Requiao lembrou que, em 2003 e 2010, em sua segunda e terceira gestão como governador do Paraná, dedicou parte do tempo para sanear as contas públicas estaduais e defender o erário de desvios praticados pelo antecessor.
- Encontrei o Paraná quebrado, endividado e sob a tirania de contratos elaborados de forma a prejudicar interesses públicos, desabridamente firmados para favorecer grupos econômicos privados e seus parceiros na administração estatal - afirmou.
O senador determinou que todos os contratos assinados na gestão anterior fossem esmiuçados, sendo formada uma equipe de profissionais para a tarefa. Segundo ele, "as conclusões confirmaram as piores suspeitas, em ações que não poderiam sequer ser imaginadas, quanto mais praticadas".
Roberto Requião explicou que o Ministério Público Estadual abriu processos, aderiu ao mutirão revisor, avocou responsabilidades de propor ações judiciais para reaver os valores desviados dos cofres públicos. Da mesma forma, ressaltou, a Procuradoria Geral do Estado ajuizou ações legais na tentativa de reaver o dinheiro.
Ainda assim, reiterou o senador, as ações sofrem "estranha letargia" e o Judiciário paranaense "utiliza-se da justificativa que não há decisão condenatória transitada em julgado". Essa atitude, segundo ele, "pune quem dedicou boa parte do governo a desvendar o roubo, identificar os ladrões e expô-los publicamente".
- Enquanto as ações não andam, as ações judiciais contra mim por chamar como se deve os ladrões correm com rapidez do raio. Sou condenado por gritar a nudez dos saqueadores - lamentou.
22/08/2011
Agência Senado
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