ACM CRITICA MST E UDR
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, condenou hoje (dia 14) a atuação do Movimento dos Sem-Terra (MST) e também da União Democrática Ruralista (UDR). Ele enfatizou a necessidade de adoção deatitudes enérgicas em relação a ambos.
- Se eu fosse governo, acabava com o MST e a UDR num só dia - afirmou.
Indagado sobre o que faria, na prática, com respeito às duas entidades, o senador lembrou o exemplo de Juscelino Kubitschek que, quando era presidente da República, conseguiu acabar com duas organizações que radicalizavam o clima político da época: a Frente Nacionalista, de centro-esquerda, e o Clube da Lanterna, ligado ao direitista Carlos Lacerda.
- Na realidade, não se deve prestigiar nem o MST nem a UDR, que também é um movimento nocivo, sempre em função de ser contra o trabalhador rural. O trabalhador rural merece apoio; quem não merece apoio é qualquer sujeito que queira se valer dele para fazer desordem - observou.
O senador criticou a política do governo para o campo, dizendo que "tudo o que se fez tem sido paliativo" e reclamou que "o governo não tem sabido agir com presteza em relação ao Movimento dos Sem Terra", inclusive por não ter reagido à mudança de posição da opinião pública.
- A população mudou e hoje já não quer a desordem no campo que prejudica a produção de alimentos e o bem-estar dos brasileiros - afirmou.
Antonio Carlos reafirmou sua posição favorável à cassação do deputado Sérgio Naya, para preservar a instituição parlamentar.
- Fiz uma declaração, que hoje mantenho: se ele não for cassado, quem será cassado é o Congresso, os senadores eos deputados. Serão cassados pelo povo no dia 4 de outubro, e essa sim, que é a verdadeira cassação - disse.
O presidente do Senado informou que nos próximos dias colocará emvotação a redação final da reforma administrativa. Ele reforçou a necessidade da rápida finalização do processo de tramitação da reforma da Previdência na Câmara, argumentando que o Congresso deve votar acima de questões políticas e ideológicas, para evitar prejuízos ao país.
O senador reconheceu que "o tempo é curto porque estamos em ano eleitoral", e a Copa do Mundo também vai contribuir para diminuir a atividade do Congresso. "Ninguém pode fugir dessa realidade, temos que apressar até maio para votar tudo", afirmou.
Antonio Carlos manifestou sua satisfação com a nomeação para o Ministério da Previdência de "um baiano competentíssimo que é Waldeck Ornelas. Ele rebateu a tese da falta de importância do Ministério da Reforma Institucional e sugeriu que o ministro Freitas Neto aproveite o período eleitoral preparando as propostas das reformas tributária, política, partidária e do Judiciário, ouvindo as pessoas mais competentes de cada setor.
- O ministro pode adiantar as reformas para votação na primeira oportunidade. Agora, essa primeira oportunidade não será antes de outubro - garantiu.14/04/1998
Agência Senado
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