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O parlamentar baiano disse que gostaria de ver preservada a isenção do Tribunal de Contas da União (TCU) no trabalho de apurar contratos do setor público como os da Petrobras com a GDK, nos quais, afirma Antonio Carlos, foram descobertas "roubalheiras". O senador lembrou que a GDK é a empresa que presenteou o ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, com um jipe Land Rover.

Depois que a CPI foiimpedida de ouvir o caseiro de uma mansão em Brasília supostamente freqüentada pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e na qual recursos ilegais seriam repartidos, o senador diz ter dúvidas sobre se a comissão conseguirá interrogar os prefeitos do PT. É que, conforme o texto da liminar expedida pelo ministro Cezar Peluso, Tião Vianapede que"sejam suspensas diligências que desbordem do fato objeto da CPI, em particular sobre temas que discrimina e a cujo respeito já teria a comissão estendido investigação, ou sejam suspensas diligências impertinentes e abusivas".

- O senador Tião Viana, que é um homem sério, está pedindo isso, o que não pedirão os ladrões? - indagou Antonio Carlos que acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de incentivar atos ilegais.

Utilizando-se das prerrogativas que lhe conferem o artigo 14 do Regimento do Senado, o senador Tião Viana obteve a palavra para dizer que está com sua consciência tranqüila, pois teria agido em defesa da Constituição e das leis, uma vez que a CPI estava tratando de assuntos fora do objeto de investigação - a atividadede casas de bingos. Nesse caso não só o depoimento do caseiro, que a imprensa dava como fonte de informações pessoais sobre Palocci, mas outros temas estranhos à CPI estariam na linha de investigação.

- O senador Antonio Carlos é injusto quando diz que eu estou querendo suprimir as investigações. Ao contrário, estou honrando o meu mandato. Quero lembrar que tentei entendimentos para que Francenildo fosse ouvido em subcomissão, e que o ministro Palocci respondesse às acusações - disse Tião Viana.

O parlamentar baiano criticou a divulgação de dados bancários do caseiro, quando o governo luta para não abrir o sigilo bancário do presidente do Sebrae, amigo e procurador de Lula, Paulo Okamoto.

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