Suassuna sugere ação rápida para impedir violência pública



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) recomendou que a Câmara dos Deputados aprove e os poderes públicos adotem, com rapidez, as propostas elaboradas pela Comissão Parlamentar Mista Especial de Segurança Pública visando impedir o aumento da violência no país. Ele disse que está bastante preocupado com as constantes notícias de que o Brasil ocupa os primeiros lugares em números de crimes e homicídios.

Suassuna disse que é necessário reconhecer que as medidas de combate à criminalidade implementadas até agora pelos governantes não conseguiram superar o -descompasso entre as engenhosas e inventivas modalidades de ação dos criminosos e as técnicas desenvolvidas pela polícia para coibi-las-.

Para o parlamentar, as sugestões da comissão apontam para uma maneira de enfrentar a criminalidade que, conforme observou, -está organizada, tem forte poder econômico e possui poderosa rede de agentes-. Ele citou, entre as propostas, aquelas que modificam o Código de Processo Penal, tipificando novos crimes, como o seqüestro-relâmpago, clonagem de cartão, roubo de cargas, pedofilia na Internet, entre outros.

Outras medidas da comissão, destacadas por Suassuna, propõem a unificação da polícia militar e da polícia civil; a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Ministério da Justiça e da Segurança Pública; de um banco nacional de dados de combate à criminalidade; a adoção de um sistema de segurança pública interativo, além de medidas emergenciais, de políticas públicas imediatas.

- Se a vontade política tomar o rumo correto, destinando recursos orçamentários suficientes para as esferas federal, estadual e municipal, podemos esperar resultados positivos - afirmou Suassuna.

O senador Lindberg Cury (PFL-DF) apoiou, em aparte, os receios de Suassuna e defendeu a convocação do Exército para auxiliar no combate à violência em situações em que a polícia não tenha mais o controle da situação ou, até mesmo, esteja ela própria envolvida na criminalidade. Também o senador Geraldo Melo (PSDB-RN) aparteou o orador para afirmar que o Estado está com sua autoridade desafiada pelos agentes do crime organizado. Para ele, porém, a solução de interferência do Exército é simplista e não teria o poder de resolver a questão da violência.



05/12/2002

Agência Senado


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