ACM lamenta resultado e anuncia pronunciamento



O ex-presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, lamentou o resultado da eleição desta quarta-feira (dia 14), afirmando que "este é um dia negro para o Congresso e um dia triste para a democracia no Brasil", e reclamou que o governo foi "no mínimo omisso" diante do processo de escolha do seu sucessor. Ele anunciou que adotará postura parlamentar "independente", prometendo detalhar sua posição em discurso em plenário, na próxima semana.

- Minha relação pessoal com o governo será de independência; na medida que o governo acerte, terá o meu apoio, na medida que eu possa advertir o governo de seus erros, eu o farei. Minha prioridade é defender a Bahia e a moralidade pública, que se estende a todo o Brasil. Eu quero evitar compra de deputados, compra de senadores, esse sistema que o Brasil hoje vive, e que não pode continuar. O presidente Fernando Henrique, que é um homem honrado, não pode ficar feliz que isso tenha acontecido - disse.

Antonio Carlos afirmou que o presidente da República não deveria ter permitido que um de seus ministros se demitisse para reassumir o mandato de senador e votar - "para fazer pressão" - e depois voltar ao Ministério, e disse que o governo está confiando demais nos bons resultados da área econômica, relegando a segundo plano as dificuldades no plano social:

- Eles pensam que com os números da economia estão resolvendo tudo, mas o dinheiro que deveria ser empregado com o povo brasileiro está indo para corrupção de parlamentares. É só ler, no Diário Oficial, a liberação de verbas do interesse de deputados e senadores - acusou.

O ex-presidente disse que, no exercício do mandato de senador, pretende aprofundar as denúncias feitas nas últimas semanas:

- O Congresso elegeu uma pessoa que não tinha condições do ponto de vista de moralidade, daí porque eu tenho que ser mais vigilante, exigindo que o Ministério Público atue com mais precisão e o procurador não seja um engavetador de processos e que mesmo o presidente do Senado seja chamado a depor sobre os pecados cometidos anteriormente - afirmou.

14/02/2001

Agência Senado


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