ACM NÃO ACREDITA EM RETALIAÇÕES E AGENDA NOVA VOTAÇÃO DO MÍNIMO PARA DIA 10



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, não acredita que o governo retalie os parlamentares que, na sessão desta quarta-feira (dia 27), defenderam um salário mínimo maior que R$ 151. Ele também não vê sustentação em especulações sobre manobras políticas para isolar o PFL da base de sustentação parlamentar do governo.
- Só os inexperientes, que não é o caso do presidente Fernando Henrique, agem em termos de retaliações, quando pessoas defendem coisas que são de consciência. O governo não vai precisar de sua maioria apenas um dia, mas vai precisar sempre - disse.
O senador marcou para 10 de maio, às 19 horas, sessão do Congresso para apreciar a medida provisória que fixou o novo valor do mínimo.
Antonio Carlos disse que "o mesmo espetáculo" de embate entre as lideranças do governo e da oposição poderá ocorrer, caso os dois lados não cheguem a um acordo em torno da votação do novo salário-mínimo, até a data marcada para a sessão.
O deputado Aloísio Mercadante, líder do PT na Câmara, se reuniu com Antonio Carlos, a quem revelou a disposição das oposições obstruírem os trabalhos nas duas Casas do Congresso, até que surja um entendimento em torno do mínimo.
- Com a quebra de confiança ocorrida neste episódio, entendemos que o único canal de negociação e entendimento em torno desta matéria é a Presidência do Congresso, pois o senador Antonio Carlos respeitou o regimento e cumpriu todos os acordos que assumiu - destacou o deputado.
Antonio Carlos Magalhães preferiu destacar que a negociação deverá ocorrer entre as lideranças partidárias, oferecendo-se como "coadjuvante" para que se chegue a um novo acordo. "Todos os líderes são os canais de negociação e se o governo quiser, tudo muda", observou.

27/04/2000

Agência Senado


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