Paim acredita em entendimento para salário mínimo superior a R$ 260
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira (14) que continua acreditando num entendimento para que o Congresso Nacional estabeleça um valor acima de R$ 260 para o salário mínimo. -Se eu achasse que não é possível, não estaria aqui na tribuna insistindo num acordo. Não estou preocupado com valores, mas com a construção de um grande entendimento-, frisou, comentando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vetaria o que for construído pelo entendimento.
Para Paim, são absurdas as notícias de que estariam sendo liberadas emendas orçamentárias de parlamentares para que eles votem com o governo e de que senadores estariam ganhando viagens ao exterior para não estarem presentes à votação do salário mínimo.
- Eu não recomendaria uma viagem agora. Pega mal estar em Paris apreciando um bom vinho e um bom queijo, ao invés de estar aqui votando o salário mínimo - observou.
O senador Hélio Costa (PMDB-MG) admitiu, em aparte, que fica -desequilibrado- toda vez que ouve a argumentação de Paim em favor de um reajuste maior para o salário mínimo. -Mesmo sendo vice-líder do governo, fico entre a cruz e a caldeirinha-, confessou, lembrando que o ex-presidente Juscelino Kubitschek estabeleceu um salário mínimo equivalente a US$ 500. -Se foi possível no passado, é possível no presente-, assinalou.
Paim ainda leu carta aberta da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), também enviada ao presidente da República, em que a entidade demonstra, com base nos dados do próprio governo incluídos no Sistema de Acompanhamento Financeiro (Siafi), que a seguridade social é superavitária. Segundo a Cobap, em 2003 a seguridade social teve receita de R$ 180,44 bilhões e despesa de R$ 148,71 bilhões, apresentando saldo positivo de R$ 31,73 bilhões.
14/06/2004
Agência Senado
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