ACM pede união de políticos em torno da governabilidade



Em pronunciamento nesta terça-feira (30), o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) pediu que a classe política se uma, "esquecendo divergências que podem ser até profundas", para assegurar a governabilidade.

- Temos a obrigação, como políticos, de ultrapassarmos as barreiras do imediatismo - afirmou o senador, acrescentando ter chegado "o momento de todos darem um pouco de si para que o Brasil tenha seu espaço no concerto das nações" e para que a população tenha condições de vida melhores.

Para Antonio Carlos, o Brasil vive um momento que exige ponderação. Segundo ele, muitos dos líderes de oposição já compreenderam esta posição e clamam pela governabilidade, mas lamentou que nem todos pensem assim. Reclamou também que lideranças do governo provoquem momentos que exijam manifestação da oposição.

O representante baiano lembrou o ditado que diz que a política não é feita por santos, mas afirmou que ela não precisa, em contrapartida, ser feita apenas por demônios. Defendeu a aprovação, pelo Congresso, de legislações necessárias à governabilidade e à modernização do país. Entre elas, citou a reforma do Judiciário - que tramita no Parlamento há 13 anos e deverá ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (31) - e a reforma política.

Antonio Carlos ressaltou que não defende uma oposição calada, pois é dever dela fiscalizar o governo, assim como o governo deve sempre ouvir a oposição. Entre os erros do governo, o senador citou a política econômica que permitiu "lucros absurdos dos bancos".

Para Antonio Carlos, o PFL está certo em se situar na oposição. Ele lembrou a força da Bahia na legenda, tendo o estado seus três senadores pelo partido e também a maior bancada na Câmara, com 18 deputados federais. A segunda bancada do PFL, de Minas Gerais, comparou, tem apenas cinco deputados.

Em aparte, o senador Tião Viana (PT-AC) condenou o excesso de "posicionamentos duros" no Senado sobre temas que poderiam ser tratados de outras maneiras.



30/03/2004

Agência Senado


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