Simon defende união do Congresso em torno da recuperação da dignidade do Legislativo



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta terça-feira (25) a união do Congresso Nacional em torno de um programa mínimo de recuperação da dignidade do Legislativo. Simon disse que o Congresso vive uma das horas mais tristes da sua história e deveria ter a coragem de cumprir a lei no trâmite das medidas provisórias, rejeitando aquelas que não atendam aos pressupostos constitucionais.

- Para onde nós vamos e o que queremos? O Judiciário vota em nosso lugar e o presidente faz o que quer. O Congresso não existe. Quem vai nos substituir, quem vai ocupar esse espaço vazio? Pelo o que o governo fala, dá a entender que a democracia é um atraso, é uma trapalhada, como o Lula disse outro dia - afirmou.

Simon observou que é estranho que os escândalos de corrupção sejam obra do Executivo, mas a repercussão negativa recaia sobre o Legislativo. Para ele, isso acontece porque o Congresso perdeu a sua verticalidade, o seu rumo e a sua história. Ele lembrou que o Parlamento resistiu a cinco generais ditadores que prenderam, torturaram e mataram, sem apelar para a luta armada, e era um padrão de dignidade. O senador assinalou que muitas vezes o Congresso reuniu oposição e governo para fazer entendimentos dramáticos que colocaram o país em primeiro lugar.

Simon também apoiou a decisão do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), de requerer a abertura das contas e dos gastos dos casais presidenciais Fernando Henrique e Ruth Cardoso e Luiz Inácio Lula da silva e Marisa Letícia. O senador salientou que Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) eram símbolos de honradez e dignidade, mas agora estão fabricando um dossiê para abafar a corrupção e argumentando que, se outros fizeram, eles podem fazer também.

- Estamos aí fazendo um espetáculo de circo com as CPIs dos Cartões Corporativos e das ONGs. Algumas das coisas mais bonitas da vida política brasileira foram as CPIs. Existia um ambiente, era como se um juiz estivesse ali sentado e decidisse com dignidade. Hoje, meu Deus, nas duas comissões, o que a imprensa diz é que há um arreglo. Não se apura o governo passado, não se apura o atual governo e se empurra com a barriga para passar o dia e terminar a comissão. O Congresso está matando as comissões parlamentares de inquérito pela inanição - afirmou.

25/03/2008

Agência Senado


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