ACM PREGA DIÁLOGO PARA MELHORAR MÍNIMO E DIZ QUE COMPROMISSO COM O POVO SUPERA FMI
- O Brasil deve tentar cumprir seu compromisso com o FMI, mas antes deve cumprir seu compromisso com o povo brasileiro - afirmou.
A possibilidade de o governo baixar uma medida provisória, fixando o novo valor do mínimo em R$ 150, não encerraria a discussão do tema, na sua avaliação. O senador disse não ter informações sobre essa intenção do governo, mas salientou que nesta hipótese, o Congresso Nacional teria condições de "elaborar um projeto de conversão mudando seus termos". Ele garantiu que até o dia 1º de maio o Congresso faria seu trabalho e apreciaria a medida provisória sobre o salário-mínimo. O senador, no entanto, previu que até a próxima semana a questão poderá estar definida.
Antonio Carlos confessou não ter sido convencido pelos números apresentados pelo governo. Ele disse que não é a primeira vez que o país assiste a este tipo de discussão em torno do mínimo. "Em 1995, quando o ministro José Serra estava na secretaria de Planejamento da Presidência da República e também se manifestava contrário a qualquer aumento real do salário-mínimo de então, argumentando que seria inviável, lutei pelo aumento, como agora. O mínimo foi para US$ 112, à época R$ 100, e o país apenas melhorou", recordou.
O argumento usado pela equipe econômica de que os defensores de um mínimo maior devem indicar as fontes de recursos para custear esse aumento também mereceu comentário do presidente do Congresso. "Me dê o governo que eu digo", resumiu.
MALAN
Em meio à entrevista sobre as discussões em torno do novo salário-mínimo, Antonio Carlos Magalhães admitiu que "se a política econômica der certo" o ministro da Fazenda, Pedro Malan, pode ser um bom candidato à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
21/03/2000
Agência Senado
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