ACM reitera críticas ao jornalista Mino Carta



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) reiterou, nesta terça-feira (5), as críticas ao jornalista Mino Carta, diretor de redação da revista Carta Capital, que, em sua última edição, publicou reportagem intitulada "O desmonte do carlismo". O senador afirmou que o jornalista já fez parte dos mais diversos veículos de comunicação do país e "foi posto para fora por sua falta de compostura" e que, agora, é "subvencionado pelo governo".

- Não podemos permitir que a Petrobras, a maior estatal do país, seja tratada como braço político do Partido dos Trabalhadores, direcionando recursos para empresas que ajudam a derrotar candidatos de partidos adversários do governo - protestou ele.

A respeito do prêmio Jornalista do Ano, concedido a Mino Carta pela Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira, Antonio Carlos disse que só poderia ter sido oferecido por jornalistas de fora do Brasil, que não conhecem a realidade do país, já que Mino Carta "não merece o respeito da população". O senador entendeu como "provocação" a atitude da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que, pouco antes, havia cumprimentado Mino Carta pelo prêmio.

Apagão geral

Antonio Carlos Magalhães afirmou que, por causa da incompetência do governo, "o país está à beira do apagão geral". Ele lembrou que a oposição vem alertando "há muito tempo" para este risco que, agora, está sendo constatado por entidades empresariais e economistas. Ele destacou o péssimo estado das rodovias, o crescimento medíocre da economia e o mau-direcionamento das questões relacionadas ao agronegócio.

O senador acredita que, em 2007, "as coisas vão piorar". Ele chamou a atenção para os alertas sobre a possibilidade de problemas no setor energético no próximo ano, e fez críticas ao presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para quem as únicas alternativas possíveis seriam o aumento de preços ou o racionamento.

Em aparte, o senador José Jorge (PFL-PE) disse que o país pode viver, em 2007, o "apagão do gás", e que um aumento de preços seria uma "solução um tanto simplória". Ele acredita que a crise que se avizinha seria ainda mais grave que o "apagão" elétrico enfrentado pelos brasileiros em 2001.

Gamecorp

O senador Antonio Carlos voltou a pedir aos líderes do governo informações sobre as relações da empresa do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, a Gamecorp, com a antiga Rede 21, hoje Play TV. Contrato de publicidade firmado pela Play TV teria rendido à Gamecorp verbas de diversas empresas públicas, entre elas Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Ministério da Saúde e até mesmo a Secretaria de Administração da Presidência da República.

O parlamentar afirmou que, se continuar sendo ignorado, vai "entrar em juízo".

05/12/2006

Agência Senado


Artigos Relacionados


Mão Santa reitera críticas ao governo do PT no Piauí

Heráclito reitera críticas à deportação de atletas cubanos

Francisco Dornelles reitera críticas ao Programa Nacional de Direitos Humanos

SESSÃO PLENÁRIA/ Mário Bernd reitera críticas à falta de medicamentos

Simon rebate críticas de jornalista e defende diálogo entre os Poderes

Renan reitera que não renuncia