Renan reitera que não renuncia



"Qualquer coisa que diga respeito a licença ou a renúncia não faz parte da minha personalidade". A afirmação foi feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, minutos depois de chegar ao Congresso e 24 horas antes da sessão plenária em que os senadores decidirão se o senador faltou com o decoro parlamentar, como sugeriu a representação contra ele ajuizada pelo PSOL, considerada procedente pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

O senador é acusado de ter faltado com a ética e o decoro com base em suspeita de ter-se utilizado dos favores de um executivo da construtora Mendes Júnior para pagar a pensão alimentícia da filha de três anos que tem com a jornalista Mônica Veloso. Em sua defesa, Renan apresentou documentos que o Conselho de Ética considerou insuficientes para provar sua inocência.

Às vésperas do seu julgamento, Renan ficou até às 11h30 na residência oficial, recebendo para conversar apenas o senador José Sarney (PMDB-AP). O primeiro julgamento da história do Senado de um presidente da instituição acusado de quebra de decoro parlamentar terá início às 11h desta quarta-feira (12). Até lá, a Casa se organiza para cumprir um rito que pode ser alterado, se assim entender o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao meio-dia, enquanto Renan despachava em seu gabinete, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) anunciava, no Senado, que o 1º vice-presidente da Casa, senador Tião Viana (PT-AC), rejeitara, liminarmente, o requerimento em que o grupo de deputados conhecido como Terceira Via pedia que a sessão fosse aberta. Em frente à Presidência do Senado, Jungmann anunciou que, ainda nesta terça-feira (11), o grupo impetrará um mandadode segurança no STF para garantir o direito de assistir ao julgamento de Renan.

11/09/2007

Agência Senado


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