ACM REJEITA VETOS NA REFORMA MINISTERIAL
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, manifestou-se hoje (dia 31) "contrário" às ações políticas visando vetar nomes colocados como alternativas para a reforma ministerial que o presidente Fernando Henrique Cardoso está realizando. "Ninguém deve vetar nomes, pois é uma atitude antipática com o presidente da República, que deve ter liberdade para escolher sua equipe", explicou.
A possibilidade de que as mudanças no ministério, determinadas pela desincompatibilização de ministros que estarão concorrendo nas eleições de outubro próximo, possam ajudar o governo a compor soluções para conflitos estaduais, entre os partidos que compõem sua base de sustentação parlamentar no Congresso, também não é vista como viável por Antonio Carlos. De um lado, explicou o senador, porque apenas o presidente poderia tomar tal iniciativa - e ele não parece ter essa intenção. De outro, "porque para fazer isso seria preciso criar mais ministérios", acrescentou.
O senador Antonio Carlos Magalhães não acredita que exista uma lista de nomes indicados pelo PFL para eventual aproveitamento no ministério, reafirmando a "liberdade de escolha que o presidente da República deve ter". Ele confia, contudo, no aproveitamento de quadros do seu partido, "eventualmente alguém do Senado, mas por livre escolha e vontade do presidente". Ele admitiu, por outro lado, que o partido tem "visões diferentes" em relação à reforma ministerial. A pasta da Articulação Política, na ótica de alguns líderes pefelistas, é importante e interessante. Antonio Carlos, de seu lado, não vê maiores problemas em sua extinção, "se for da vontade do presidente".
Na sua avaliação, "são apenas oito meses de trabalho e a Articulação Política, em plena campanha eleitoral, não pode ser feita por quem chegar hoje". O presidente do Senado continua acreditando que o ministério que surgir da atual reforma será provisório. "Acho que será assim, entendo que será assim e o presidente também", explicou. "O que não impede que alguém que faça um grande sucesso, em tão pouco tempo, possa ser mantido", destacou Antonio Carlos.
JOGO
A proposta de legalização dos cassinos no país não tem o apoio do presidente do Senado. "Pessoalmente, sou contra, mas sei que há uma corrente política favorável", disse Antonio Carlos. Ele não pretende, no entanto, atuar politicamente nessa questão.31/03/1998
Agência Senado
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