Para Alvaro, reforma ministerial foi eleitoreira
A reforma ministerial realizada em janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve, na opinião do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), objetivos eleitoreiros e, em vez de se pautar pela competência, "passou longe da eficiência e do interesse público". Ele criticou ainda o tratamento dado ao Paraná na reforma, que não ocupa um ministério sequer.
Enquanto isso, afirmou o senador, a máquina administrativa continua inchada, desperdiçando recursos públicos, e os cargos servem para o aparelhamento do Estado com a contratação de "apaniguados". Dessa forma, as ações são duplicadas, o que implica no uso inadequado de investimentos, que deveriam ser usados para a retomada do crescimento.
- Os critérios não foram a competência ou a probidade. Os critérios foram eleitoreiros. Nem mesmo a representatividade regional foi levada em conta. O Paraná, que sempre teve lugar de destaque no governo federal, não foi sequer cogitado, passou longe da reforma. Ao estado, o presidente oferece apenas a cachaçada dos finais de semana na Granja do Torto. - disse Alvaro.
O senador denunciou que a direção da Itaipu Binacional foi transformada em um comitê eleitoral para atender partidos políticos da base de sustentação do governo. Para Álvaro, se o governador do Paraná, Roberto Requião, não é levado a sério, o estado não pode ser tratado como uma brincadeira.
- O Paraná é um estado importante na federação, que contribui de maneira fundamental no processo de desenvolvimento econômico. O governador é seu aliado, senhor presidente, mas o Paraná é mais que seu governador - declarou.
06/02/2004
Agência Senado
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