ACM : RESSENTIMENTO DE DERROTADOS NÃO IMPEDIRÁ APROVAÇÃO DO AJUSTE FISCAL



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, mesmo reconhecendo a existência de um ressentimento natural por parte de aliados do governo derrotados nas eleições em alguns estados, disse que isso não impedirá a aprovação das medidas do ajuste fiscal. Ele previu que a necessidade do ajuste para o país deverá prevalecer. - Tudo vai ser menor diante da presteza com que o Congresso tem que agir em relação ao ajuste fiscal - disse.Apesar de garantir apoio ao ajuste fiscal que o governo pretende implementar, Antonio Carlos explicou que isso não significa que o Congresso deixará de analisar cada uma das medidas propostas. Ele confirmou que o ajuste deverá ser votado até o final do ano.- O Congresso sabe que o país precisa mais do que nunca fazer o seu ajuste fiscal. Como fazê-lo, é o que nós vamos decidir diante da proposta do presidente - afirmou. Antonio Carlos observou que os juros estão altos no Brasil justamente pela falta do ajuste fiscal. "Na hora em que for feito, provavelmente os juros vão baixar e tem que baixar, pois eles estão extorsivos", afirmou.Respondendo a pergunta de um repórter sobre a possibilidade de aprovação de uma alíquota de 0,40% para a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente do Senado assegurou que não existe essa hipótese. Ele disse que sua proposta é de 0,30%, mas não descartou a possibilidade de uma negociação diante do número que o governo federal apresentar.

27/10/1998

Agência Senado


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