Ações terroristas não dependem de grandes organizações, alerta Abin



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O atentado terrorista ocorrido recentemente durante a Maratona de Boston, nos Estados Unidos, pode se repetir em qualquer evento esportivo em qualquer país do mundo. O alerta é do presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, que participou, nesta quinta-feira (6), de audiência pública das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) sobre a segurança em grandes eventos.

O comandante da Agência alertou para o fato de a situação se tornar mais grave pela possibilidade de ações isoladas de criminosos, sem o suporte de grandes grupos terroristas:

- Hoje lidamos com o que chamamos de lobo solitário, que age isoladamente e tem capacidade de produzir terror, prejuízos, perdas humanas e problemas para a imagem do país – afirmou.

Segundo Wilson Trezza, atualmente até sites na internet ensinam como fabricar artefatos explosivos.

- Eles dão a receita do bolo. Isso exige muito mais atenção dos órgãos de inteligência. As grandes estruturas e organizações para a realizar atentados não são mais essenciais – afirmou.

Para prevenir possíveis atos de violência, a Abin já realizou 140 relatórios de avaliação de risco focando a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecem, respectivamente, em junho e julho. Além disso, conforme Trezza, o órgão está fazendo pesquisa de credenciamento, com mais de 200 mil nomes, estruturou centros de inteligência regionais e está intensificando o intercâmbio com serviços internacionais.

- Mais de 30 representantes de setores de inteligência de outros países virão ao Brasil para a Copa das Confederações. Isso permite intercâmbio de dados, principalmente na área de terror – explicou.

Defesa nacional

Os planos de defesa também foram abordados na audiência desta quinta-feira. O general de divisão Jamil Megid Júnior, assessor do Ministério da Defesa, informou que as Forças Armadas vão utilizar 19 mil militares na Copa das Confederações e JMJ, além dispor de uma reserva estratégica de três batalhões, com 2.400 homens no total.

As operações de defesa nacional foram divididas em dez grandes setores, que vão controle do espaço aéreo a fiscalização de explosivos, defesa cibernética e combate ao terrorismo.

- Os recursos já alocados na lei orçamentária e estão sendo liberados no prazo. As Forças Armadas serão usadas em ações preventivas ou em uma pronta resposta a graves contingências, se houver necessidade - explicou.



06/06/2013

Agência Senado


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