Seminário em Minas apresenta ações de segurança para grandes eventos



Com o objetivo de reforçar a segurança e a saúde em Minas Gerais durante grandes eventos, a Secretaria de Copa e os órgãos integrantes do Grupo Interinstitucional de Proteção Pública promoveram, nessa terça-feira (5), a apresentação de equipamentos do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Exército Brasileiro em Defesa Química, Biológica, Radiológica, Nuclear e Explosiva (DQBRNE).

A demonstração faz parte do Seminário de Instrução Técnica, que acontece no auditório da central do Samu e contará com um ciclo de palestras até o fim da tarde desta quarta-feira (6). “A preparação da cidade-sede está sendo construída a partir da integração do grupo de proteção pública. Este grupo construiu para a Copa das Confederações protocolos de atendimento, que é algo que o Brasil não está acostumado, e agora está caminhando para elaboração de um plano de enfrentamento a essas ameaças decorrentes de agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares”, explicou o coronel Wilson Chagas, da Secretária Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa).

O Gate foi o primeiro a apresentar os principais equipamentos utilizados pelo esquadrão antibombas, como o GDA, um detector de gás explosivo, e o raio X, responsável por verificar os componentes de artefatos. De acordo com o tenente Francis, do Gate, o grupo está bem preparado e tem condições de dar resposta a qualquer momento.

“A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) fez um investimento na ordem de quase R$ 3 três milhões em cada estado que será sede da Copa do Mundo. Estamos nivelados internacionalmente com equipamentos de ponta. O Gate trabalha no tripé: capacitação, protocolos operacionais integrados e logística apropriada. Dentro desses princípios, o Gate pode atender qualquer tipo de incidente de natureza química, biológica, radiológica e nuclear”, explicou o tenente.

Pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, o tenente Felipe apresentou alguns equipamentos e uniformes utilizados quando há contato com agentes QBRN. “Temos um material de proteção nível A (em azul na foto), que conta com um cilindro autônomo interno e está totalmente isolado do ambiente externo. Normalmente é utilizado contra gás tóxico, por isso precisamos ter proteção máxima. Esses uniformes suportam até 150° C e são específicos para atuar no que chamamos de zona quente. Fora desse ambiente, podemos ter equipamentos nível B ou nível C para trabalhar na parte da descontaminação”, ressaltou.

Radiação

A atuação também é feita em conjunto com o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDNT), responsável por dar apoio aos órgãos de segurança relativos à medida de radiação. “Temos vários tipos de detectores utilizados pelo Gate. O Pager, por exemplo, indica a presença de radiação. Se em algum lugar não é adequado o alarme sonoro o equipamento funcional também no modo vibracall. Foi um equipamento utilizado na Copa das Confederações”, destacou Carlos Costa, do serviço de proteção radiológica do CDTN.

O médico cirurgião-geral José Eduardo Magri Júnior, gerente geral do Samu de BH, destacou a integração. “Não trabalhamos sozinhos. Atendemos às vítimas, mas a expertise de entrar numa cena com segurança para atender aos pacientes vem do Exército, das Forças Armadas brasileiras, do Gate. Se não tiver segurança para atender, não podemos entrar. Temos uma equipe aero-médica do Samu que integra o batalhão de operações aéreas e temos um militar do Corpo de Bombeiros na nossa central de regulação 24 horas. Trabalhar em equipe com um fim único só vai trazer segurança para a população”, ressaltou José Eduardo.

Fonte:

Portal da Copa



06/11/2013 12:26


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