Acordo fortalece oposição, diz Arthur Virgílio



Ao fazer um balanço sobre as negociações em torno da proposta de emenda à Constituição nº 74/2003, que introduz alterações no Sistema Tributário Nacional, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto, assinalou a -vitória política- representada pelo acordo entre governo e oposição acerca de pontos polêmicos da proposição.

- O governo percebeu que podia muito, mas não tudo, pois a oposição tinha peso, força e voto para ajudar ou colocar obstáculos ao processo - comentou o senador nesta quinta-feira (11), em reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A construção desse entendimento também rendeu outra importante conquista, conforme destacou: a consolidação da unidade das oposições no Senado. Diante desta constatação, afirmou que o governo não aprovaria nenhuma reforma sem a participação, por exemplo, das bancadas do PFL e do PSDB. Se o seu partido está hoje com o -espírito desarmado- para votar a favor da reforma tributária, Arthur Virgílio credita essa disposição também à -obstinação- do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

O líder tucano também não deixou de elogiar e reconhecer o esforço de negociação do líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), do presidente da CCJ, Edison Lobão (PFL-MA), e do relator da matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Virgílio se disse satisfeito com as medidas da PEC nº 74/2003 dirigidas à região amazônica.



11/12/2003

Agência Senado


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