Acordo vai promover ações sustentáveis na construção civil
Termo de cooperação com esse fim foi assinado por secretários estaduais da Habitação e do Desenvolvimento
Ampliando os esforços do Governo do Estado para preservação do meio ambiente, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman, e o secretário da Habitação e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Lair Krähenbühl, assinaram nesta quinta-feira, 29, acordo de cooperação técnica para desenvolver ações sustentáveis em programas de habitação de interesse social. A iniciativa amplia a parceria já existente entre a CDHU e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O evento contou com a presença do secretário Municipal da Habitação, Orlando de Almeida Filho, do presindete do IPT, Vahan Agopyan, do presidente do Sinaenco, José Roberto Bernasconi, do diretor do Secovi, Vicente Celeste Amadei e de diretores da CDHU.
O objetivo é unir conhecimento técnico, recursos materiais e financeiros para promover estudos tecnológicos voltados ao uso racional de recursos naturais e o emprego adequado de materiais na construção de moradias populares. Segundo o secretário Lair Krähenbühl, o convênio representa uma mudança de paradigma nos projetos da CDHU. "A Secretaria da Habitação e a CDHU estão comprometidas em implementar ações e critérios ambientais em seus projetos para reduzir os impactos negativos da construção e uso dos imóveis", afirmou.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman, destacou a experiência do IPT. "O instituto tem história, cultura, responsabilidade e conhecimento técnico para dar apoio ao setor público e privado. Quero elogiar a preocupação da Secretaria da Habitação com a qualidade, porque a construção de casas não deve se restringir ao objetivo de produzir em grande quantidade", ressaltou.
O acordo assinado hoje prevê a colaboração entre o IPT e a CDHU para a realização de estudos sobre licenciamento ambiental; avaliação ambiental dos sistemas construtivos; levantamento de passivo ambiental e recuperação de áreas degradadas; planejamento urbano sustentável; revisão de especificações de materiais com foco na sustentabilidade; desenvolvimento e seleção de novos materiais com menor impacto ambiental; implantação de programa de reciclagem em construção e demolição; contabilidade dos créditos de carbono, entre outros temas.
Segundo o presidente do IPT, Vahan Agopyan, são 15 anos de trabalho conjunto com a CDHU, com a elaboração de mais de 200 relatórios técnicos. Atualmente, entre outros projetos, o IPT está envolvido no Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, realizando estudos na região como o mapeamento de áreas que apresentam riscos de deslizamento de terra.
O Instituto contribui também com o Qualihab, programa de qualidade na construção civil desenvolvido pela CDHU e modelo para iniciativas de outros estados e esferas de governo. O Qualihab já firmou 37 acordos com representantes de fornecedores de materiais e serviços para o ramo da construção. O IPT colabora desde a concepção do programa na avaliação de novos materiais e sistemas construtivos, na verificação do cumprimento às normas por meio de vistorias aos empreendimentos e no apoio ao desenvolvimento da política ambiental da companhia. "O Qualihab foi um divisor de águas na construção civil, introduzindo conceitos de melhoria progressiva no setor, adotados posteriormente em todo o país. A CDHU agora sai na frente incorporando conceitos de sustentabilidade na construção", afirmou Vahan Agopyan. Seguindo uma tendência mundial, a CDHU está empenhada em ampliar os padrões de qualidade para além da produção de materiais, abrangendo também a destinação que o fabricante dá aos resíduos gerados.
O diretor de técnico da CDHU, João Abukater Neto, falou sobre as mudanças que estão sendo implementadas na Companhia e sobre os novos sistemas construtivos que estão sendo avaliados, como a utilização de polímeros, fôrmas de PVC, concreto pré-moldado e placas cimentícias. Segundo ele, a empresa está investindo na qualificação do corpo técnico e trabalhando para obter o selo verde para os conjuntos que produz.
Para isso, várias medidas socioambientais estão em fase de implantação, como a instalação de hidrômetros individuais nos apartamentos, que contribuem para a economia de água, a utilização de aquecedor solar para a redução do consumo de energia, pisos drenantes para prevenir enchentes e amenizar a temperatura, arborização do entorno dos conjuntos com espécies nativas, minimização da terraplenagem, avaliação da capacidade dos equipamentos urbanos de saúde e de educação da região, exigência de certificados dos extratores de madeira, areia e pedras empregadas nas obras.
Além da preocupação durante a construção, a companhia está investindo na pós-ocupação, por exemplo, com a implantação de coleta seletiva por meio de parcerias. "Estamos mudando a forma de construção de moradias populares e nos tornaremos um modelo a ser seguido.", destacou o secretário Lair Krähenbühl.
Das Secretarias Estaduais do Desenvolvimento e da Habitação
(I.P.)
11/29/2007
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