Adelmir Santana destaca a passagem do Dia do Comerciante



Em pronunciamento nesta quarta-feira (16), o senador Adelmir Santana (DEM-DF) saudou a passagem do Dia do Comerciante, comemorado nesta data, destacando relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que aponta o desempenho especial do comércio no primeiro semestre de 2009, em meio a dados negativos que cercam a economia brasileira.

Os números divulgados pelo IBGE revelam que o país encontra-se em recessão, com queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% no primeiro trimestre de 2009 frente ao período anterior. O documento, que também aponta redução de 3,6% no ultimo trimestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007, indica ainda retração de 3,1% na indústria, queda de 0,5% na agropecuária e aumento de 0,8% no setor de serviços.

- O Brasil pode fechar o ano de 2009 com PIB negativo, mas o comércio deve se destacar, com resultado positivo, fruto da concentração de esforços no apoio à recuperação da economia do país - afirmou Adelmir, referindo-se à redução pontual de impostos adotada pelo governo.

O comércio, no entanto, continua sendo prejudicado pelo volume atual da carga tributária, pelo excesso de encargos "denunciados e nunca solucionados" e pelos elevados juros bancários, que são repassados ao consumidor final, disse Adelmir Santana, que voltou a defender alterações no marco regulatório das empresas de cartões de crédito e débito.

Abertura dos portos

Em seu discurso, o senador lembrou que o Dia do Comerciante foi instituído pelo então presidente do Senado João Café Filho em 26 de outubro de 1956, em homenagem ao dia de nascimento de José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, político baiano que exerceu influência junto ao príncipe regente português Dom João VI para que fossem abertos os portos brasileiros para o comércio com as nações amigas, em 1808.

- Os séculos passaram, mas a profissão de comerciante, talvez uma das mais antigas da História, continua a ditar o modo de vida da sociedade. Antes mesmo da expansão do sistema capitalista, o comércio já tinha lugar de destaque no mundo. Basta lembrar que a descoberta da América se deu pela vontade européia de comercializar diretamente com a Índia - afirmou.

Adelmir Santana também saudou a atuação da Confederação Nacional do Comércio (CNC), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) na área educacional, cultural, esportiva e de lazer, além de todos os projetos mantidos por essas entidades nos 27 estados brasileiros.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ressaltou o trabalho desenvolvido na Escola Modelo de Jacarepaguá mantida pela CNC, que reúne 512 adolescentes de todo o país em período de aprendizagem que vai além do horário integral. Os estudantes cursam o nível médio, vivem em bons alojamentos e são orientados por professores que ganham R$ 7.500 por mês e residem na escola, que mantém uma biblioteca com 40 mil títulos, alem de restaurante e teatro.

- Dalí, não tenho dúvida, vão sair grandes líderes na política e na atividade cientifica. Não dá para o Brasil inteiro ter escolas como aquela, mas ela é uma prova do que os comerciantes unidos podem fazer e de que eles nunca perderam o sentimento de solidariedade em relação à população - disse Cristovam.



16/07/2009

Agência Senado


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