Adelmir Santana faz apelo por voto consciente




Após dizer que tem observado "certa apatia" do eleitor, o senador Adelmir Santana (DEM-DF) pediu que a população faça uma análise detalhada da vida do candidato e de suas promessas e exerça o voto consciente.

- Você é o selecionador da classe política futura, com renovação de dois terços do Senado, dois senadores em cada unidade da federação. Participem, ouçam, verifiquem e acompanhem a campanha eleitoral para que tenhamos uma representação que acompanhe o anseio da população, do país, da nação - afirmou, dirigindo-se ao eleitorado.

Adelmir Santana demonstrou preocupação com a possibilidade de o eleitorado deixar a escolha para a última hora, o que na sua avaliação pode contaminar o processo, devido ao poder econômico de alguns candidatos. Segundo o parlamentar, outro fator que costuma confundir o eleitor é a escolha do candidato pelas coligações partidárias e instâncias partidárias.

- Esse processo seletivo dos futuros legisladores, governadores e dirigentes da República passa pelo maior número possível de pessoas. É como entregar uma procuração em branco para os homens que vão legislar criando leis para o país - continuou.

Reforma política e eleitoral

O representante do Distrito Federal rechaçou a hipótese do voto nulo ou em branco, ao afirmar que a omissão é "o pior caminho a ser seguido". Adelmir Santana também defendeu a reforma política e eleitoral e criticou o voto proporcional, que considera "exaurido". Declarou-se favorável a eleições com dois turnos para cargos executivos. E salientou que o primeiro turno das eleições admite o voto partidário, "com paixão", enquanto o segundo turno é próprio ao voto racional.

- As pessoas estão apáticas, mas não desatentas, darão respostas àqueles que não honraram compromissos, que não os representaram condignamente, que representaram grupos e interesses não compatíveis com os interesses da sociedade - avaliou.

Disse ainda que o Distrito Federal poderia ter feito uma experiência com o voto distrital, dividindo-se em 24 unidades, de modo que os eleitores pudessem identificar-se com os seus candidatos.



23/08/2010

Agência Senado


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