Ademir Andrade ataca política econômica e critica alta de juros
Ademir Andrade lamentou a política de juros altos do governo e apontou para o aumento da dívida externa brasileira, que, afirmou, saltou de US$ 132 bilhões em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o poder, para US$ 230 bilhões atualmente. A dívida pública, apontou o senador, cresceu de R$ 56 bilhões para R$ 560 bilhões. Ele classificou de desastrosa a administração de Fernando Henrique Cardoso, que em seis anos de governo acumulou sucessivos déficits na balança comercial.
O senador lembrou que a política de aumentar os juros é decorrente do déficit da balança, pois o governo tem necessidade de atrair dólares, na intenção de cumprir seus compromissos com a dívida externa.
- Fernando Henrique vendeu ao capital internacional 80% do parque industrial brasileiro e não tem medido esforços, às custas do sacrifício do povo, para pagar uma dívida que é uma bola de neve - disse Ademir Andrade, pedindo que a imprensa se aprofunde no assunto.
Para o senador, a má condução da política econômica é mais grave até do que os escândalos envolvendo a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e a violação do painel eletrônico do Senado. Ele condenou ainda a tentativa do governo de privatizar as companhias geradoras de energia.
Em aparte, o senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) cumprimentou Ademir Andrade pelo discurso e explicou que a economia brasileira encontra-se numa armadilha, já que não pode crescer, sob o risco de provocar mais importações e ampliar o déficit da balança de pagamentos. A política de juros altos, avaliou, teria a intenção de frear o crescimento brasileiro e atrair capital especulativo.
20/04/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Ademir Andrade critica política de aumento dos juros
Ademir Andrade critica política educacional do governo federal
ADEMIR ANDRADE ATACA "LEI DA MORDAÇA"
ADEMIR ANDRADE CRITICA CORTES NO ORÇAMENTO
ADEMIR ANDRADE CRITICA CORTES NOS INVESTIMENTOS DO FUNDEF
ADEMIR ANDRADE CRITICA MODELO DE PRIVATIZAÇÃO DA ELETRONORTE