Ademir Andrade critica política educacional do governo federal
- O aumento dos recursos para a educação, de 4,6% para 7% do Produto Interno Bruto (PIB), previsto no projeto aprovado pelo Congresso e cortado pelo presidente, significaria a redenção do setor educacional, invertendo a direção do abismo em que se acha mergulhada a educação brasileira, já que possibilitaria um incremento de R$ 24 bilhões nos gastos com educação - afirmou Ademir Andrade.
Para o senador, a insensibilidade do governo também fica expressa na forma em que está sendo tratada a greve dos servidores e professores das universidades federais, iniciada em agosto. "Em vez de abrir rápida negociação com as categorias, o Ministério da Educação determinou a suspensão dos salários, contrariando a própria Justiça, que determinou o imediato pagamento", comentou.
Ademir Andrade disse ainda que a 2ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Básica - realizada no último dia 3 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) - em vez de ser entendida como simplesmente uma bandeira da oposição, deve ser interpretada como a constatação de que o futuro está na educação. Ele registrou que até mesmo organismos oficiais do governo já manifestam a percepção de que a melhoria do sistema educacional se constitui em importante elemento de desenvolvimento.
Em audiência pública realizada no início de setembro na comissão mista que estudou medidas para erradicar a pobreza, lembrou o senador, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Borges Martins, e seu diretor de políticas sociais, Ricardo Paes de Barros, afirmaram que o crescimento econômico, a intervenção no salário mínimo e a oferta de emprego não são suficientes para erradicar a indigência e a pobreza, que já atingem 64 milhões de brasileiros.
- Segundo eles, a garantia de cinco anos de escolaridade a toda a população brasileira resultaria numa redução de 6% na pobreza ora existente. A redução seria de 13%, no caso de dez anos de escolaridade, colocando-se, assim, a educação como uma das políticas estruturais de maior impacto mensurável na redução das desigualdades que caracterizam a distribuição de renda em nosso país - destacou Ademir Andrade.
08/10/2001
Agência Senado
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