ADEMIR ANDRADE DEFENDE EFETIVAÇÃO DO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL



Ao registrar que nesta segunda-feira (dia 3) comemora-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) defendeu a efetivação do Conselho de Comunicação Social, previsto na Constituição como instrumento para disciplinar os critérios de concessão, democratização e descentralização do controle dos meios de comunicação. Ele entende que a medida poderá acabar com o caráter "exclusivamente de apadrinhamento político" do setor.Na opinião do senador pelo Pará, apesar de ser atribuição do Estado tomar medidas preventivas e curativas para manter o respeito à cidadania e o pluralismo político nos meios de comunicação, este poder deve ser descentralizado, através da delegação de atribuições, como com a criação do Conselho de Comunicação Social. Pela Constituição, o conselho é integrado por 13 membros, sendo quatro representantes patronais, quatro dos trabalhadores do setor e os cinco restantes da sociedade civil.- A idéia encontra-se plantada e solidificada em nossa estrutura político-organizacional, restando o iniciar desse exercício do direito de comunicação social com a efetivação dos trabalhos do conselho e o pleno desempenho de suas funções e atribuições. Merece pleno apoio o requerimento da deputada Luiza Erundina para que o plenário do Congresso se digne a promover a eleição do referido conselho, que desde 1991 encontra-se esquecido - disse Ademir Andrade.Antes de falar sobre o Conselho de Comunicação Social, Ademir Andrade traçou um histórico do processo de difusão da informação. Ele lembrou que na época do Iluminismo, o conhecimento era escondido nos mosteiros medievais. Também observou que, nos dias atuais, a imprensa brasileira tem valorizado muito mais o consumo material do que a divulgação de valores que elevem a alma humana e a dignidade das pessoas.Ademir Andrade disse, também, que o "adesismo", que é um fenômeno predominantemente da imprensa moderna, deturpa a função dos meios de comunicação e mancha a história dessas instituições e suas contribuições para o aperfeiçoamento das relações políticas e sociais.- Os meios de comunicação manifestam claramente o traço da indústria cultural de massa, desfigurando a realidade, distorcendo e deturpando a notícia, produzindo uma "opinião pública" em laboratório. Tal é feito por alguns segmentos de comunicação, objetivando atender às exigências dos seus patrocinadores, que normalmente coincidem com as dos detentores do poder econômico, que financiam os programas e colunas em vista dos consumidores potenciais de seus produtos e manutenção do status quo - afirmou Ademir.

03/05/1999

Agência Senado


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