Ademir apóia greve dos servidores e professores das universidades federais
Na avaliação do parlamentar, a greve é o resultado do descaso e da insensibilidade do governo em relação às necessidades básicas dos trabalhadores do serviço público, que já perderam quase metade de seu poder aquisitivo nos últimos sete anos, sem reajuste em seus salários. Ademir Andrade lembrou que o último reajuste geral da categoria ocorreu em janeiro de 1995 e citou pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo a qual seria necessário um reajuste de 75,48% para recompor o poder de compra da categoria. No entanto, acrescentou, o governo oferece um reajuste de apenas 3,5%.
O parlamentar informou que recebeu na última terça-feira (9) uma comissão do comando de greve das universidades e de outros segmentos dos servidores públicos federais em greve. A comissão solicitou o apoio do Congresso para intermediar negociações com o presidente da República, já que com o ministro da Educação as negociações não avançaram.
Ademir Andrade disse que é necessário encontrar uma solução para a greve, "que não traz benefícios para ninguém", atendendo as reivindicações de melhoria das instalações universitárias e destinando recursos para a pesquisa "em níveis condizentes com a grandiosidade da nação". O senador ressaltou que é preciso estudar seriamente os problemas salariais que possam afetar o desempenho dos responsáveis pela transmissão dos conhecimentos e formação dos futuros profissionais e pesquisadores brasileiros.
16/10/2001
Agência Senado
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