ADEMIR CRITICA PUBLICIDADE DO BB E GASTO DO GOVERNO COM PROPAGANDA
O senador Ademir Andrade (PSB-PA) criticou nesta sexta-feira (dia 20), em plenário, os gastos do governo Fernando Henrique Cardoso com propaganda, que, segundo informou, chegam a R$ 500 milhões por ano - uma média de 1,5 milhão por dia, "exatamente o montante que os parlamentares terão direito a apresentar em emendas ao orçamento da União para 99, defendendo melhorias para suas comunidades".Ademir criticou ainda a qualidade das peças de publicidade do Banco do Brasil veiculadas atualmente pelas emissoras de TV. "Nunca vi propaganda mais idiota e imbecil, com dois sujeitos falando 190 anos no futuro, sobre coisas sem sentido do banco", afirmou. O senador apresentou à Mesa requerimento de informações endereçado ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, pedindo dados detalhados sobre os gastos do Banco do Brasil com publicidade, quais as agências contratadas e as modalidades de propaganda, além da distribuição por tipo de mídia (jornal, revista, rádio, televisão etc).Ademir lembrou o dispositivo legal que determina o caráter informativo e educativo que deve ter a propaganda oficial, para concluir que a atual campanha desenvolvida pelo Banco do Brasil está distante dessa orientação. "Isso é desperdício de dinheiro público e, se a preocupação é mostrar que o banco não será privatizado no futuro, a propaganda não ajuda", destacou. O senador defendeu uma publicidade do Banco do Brasil dirigida para a orientação sobre seus programas de fomento e apoio às atividades produtivas.Ele citou, como exemplo "da boa propaganda oficial", a estratégia do Banco da Amazônia (Basa) como administrador do Fundo Constitucional do Norte no Pará, que busca divulgar exatamente seus compromissos de financiamento aos pequenos produtores e pescadores artesanais e não aos "grandes industriais e latifundiários do passado", com o que vem ampliando sua atuação junto à comunidade. O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), em aparte, apoiou o pronunciamento de Ademir.
20/11/1998
Agência Senado
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