Ademir defende maiores gastos na área social e elogia projeto de combate à fome do novo governo



O senador Ademir Andrade (PSB-PA) disse que existe um grande número de brasileiros incluídos na chamada faixa de indigência social e, por esse motivo, -é um bom sinal- o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva dar prioridade para o combate à fome. Segundo o senador, o Banco Mundial estima que existem 15 milhões de brasileiros na faixa de indigência, enquanto o Instituto Nacional de Política Econômica Aplicada (Ipea) calcula esse número em 22 milhões. Já o Instituto da Cidadania informa que são 44 milhões e a Fundação Getúlio Vargas (FVG) contabiliza 50 milhões.

- Em qualquer caso, os números são relevantes e demandam uma política mais firme e conseqüente para a solução do grave problema que a sociedade brasileira tem que enfrentar. Somos um país com grande potencial econômico, contrastando com indicadores sociais lastimáveis em termos de distribuição de renda e desigualdades sociais e regionais. Por isso, é fundamental gastar-se no social e gastar bem, o que não tem sido a tônica da atuação do governo federal - afirmou.

Andrade lembrou que, há poucos dias, depois de fechar as contas do mês de setembro, o governo comemorou um superávit (receita superior à despesa decorrente de um aumento da arrecadação ou um decréscimo dos gastos) de R$ 6,6 bilhões, o que representou, praticamente, o atendimento da meta acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para o ano todo. O superávit primário do governo central acumulado até setembro foi de R$ 29,9 bilhões, enquanto que a meta para o ano de 2002 é de R$ 30,1 bilhões.

- Esse resultado extraordinário nas contas do governo está sendo alcançado às custas do povo brasileiro e, principalmente, da sua população mais pobre e mais necessitada. É criminoso manter dinheiro em caixa para mostrar força e austeridade a especuladores quando isso é feito em detrimento de repasses para programas que são de fundamental importância para o atendimento de demandas da população mais carente - disse.



21/11/2002

Agência Senado


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