ADEMIR DEFENDE MANUTENÇÃO DO PROJETO COBRE SALOBO



Ao registrar reunião realizada nesta segunda-feira (dia 12) em que o presidente executivo da Companhia Vale do Rio Doce, Jório Dauster, reafirmou ao governador do Pará, Almir Gabriel, a desistência da empresa em investir no Projeto Cobre Salobo, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) apelou para que o governo federal, por intermédio do BNDES (órgão gestor de privatização da Vale), exerça o seu direito de cobrar a realização dos investimentos acertados pelo grupo que adquiriu a companhia.Através do Projeto Cobre Salobo, que previa investimentos de US$ 4 bilhões, o minério de cobre de Salobo, na área de Carajás, no Pará, seria processado e refinado em Marabá, permitindo a exportação do cobre na forma metálica. De acordo com o senador, o projeto permitiria maior agregação de valor que o minério bruto ou do concentrado de cobre, gerando mais renda e a coleta de mais tributos para o país e o estado.- A instalação do Projeto Salobo viria, na verdade, inaugurar um processo de industrialização do minério no próprio estado do Pará de onde sairia, não mais em matéria bruta, como tem sido o nosso modelo de exportação, mas sim produto industrializado ou semi-industrializado, gerando maior desenvolvimento - explicou Ademir Andrade.A posição de recuar nos investimentos, sob a alegação de que o preço de cobre vem caindo no mercado internacional, preocupa o senador, que disse ter dúvidas inclusive sobre o que será feito do minério de cobre. Ele lembrou que a última descoberta deste tipo de minério em Carajás contabilizou cerca de um bilhão de toneladas.O caráter estratégico de uma empresa como a Vale do Rio Doce para o desenvolvimento nacional e regional também foi ressaltado por Ademir Andrade. Ele recordou que os insistentes alertas que a oposição havia feito sobre os prejuízos que a privatização da companhia poderia trazer para o Brasil estão se concretizando.EXPEDIENTETambém na sessão desta terça-feira (13), o senador Ademir Andrade apresentou requerimento solicitando que seja reservada a hora do expediente do dia 29 de abril para a comemoração do Dia do Trabalho. Ele argumentou que, ao estabelecer esta sessão especial, o Senado poderá lembrar, por meio dos pronunciamentos, "que é através do trabalho que o ser humano tem o seu ponto de apoio para conviver na sociedade e desenvolver sua própria personalidade".

13/04/1999

Agência Senado


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