Ademir destaca crescimento da violência urbana



Ao criticar o governo federal por não oferecer qualquer tipo de solução aos problemas sociais, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) destacou o crescimento significativo da violência urbana em todas as capitais, afirmando que à medida em que cresce a miséria e o desemprego, crescem a violência e os conflitos sociais. O senador informou que o Brasil é o país onde mais se mata com armas de fogo no mundo: nove em cada dez homicídios são praticados com esse tipo de arma.

- Falta vontade política e competência do governo Fernando Henrique Cardoso para enfrentar o problema da segurança pública. A dança das cadeiras a que tem sido sujeita a pasta da Justiça na Esplanada dos Ministérios, desde o primeiro mandato de FHC, atesta o descaso com que a atual administração desenvolve suas ações na área - disse.

Ademir Andrade citou pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), com base em dados do ano 2000, em que o Brasil é o terceiro no ranking das nações com maior número de assassinatos. De acordo com o levantamento, a cada 13 minutos um brasileiro é assassinado. Considerando a média nacional, informou, no ano passado foram assassinadas 25 pessoas de cada grupo de 100 mil habitantes. O estudo foi divulgado em março último.

Segundo o senador, no ensino médio, entre professores e funcionários pesquisados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), 17,5% já vivenciaram situações de violência contra aluno, professor ou funcionário. Já na 8ª série do ensino fundamental, acrescentou, essas situações foram vivenciadas por 20,2% dos entrevistados. Esses dados referem-se a média à nacional.

- Coragem neste governo só existe da boca para fora. O que temos é um governo covarde, já que ao invés de dar prioridades as nossas demandas internas, tem cedido as pressões do Fundo Monetário Internacional e permitido a sangria cada vez maior de bilhões de dólares para pagamento de juros a banqueiros internacionais, empurrando nossa população para a mais profunda miséria - concluiu.

06/11/2001

Agência Senado


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